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Ministro da Saúde quer implantar telemedicina para otimizar recursos do SUS

Em visita ao Recife, Ricardo Barros disse que médicos da assistência básica poderão fazer teleconferência com especialistas durante consultas nos postos de saúde

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Publicado em 15/08/2016 às 17:00
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Em visita ao Recife, Ricardo Barros disse que médicos da assistência básica poderão fazer teleconferência com especialistas durante consultas nos postos de saúde - FOTO: Bobby Fabisack/JC Imagem
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Em visita ao Recife para participar de encontro com líderes empresariais, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a prioridade número um da sua gestão é a informatização. Ele prometeu disponibilizar online todos os recursos investidos na saúde brasileira, sem, no entanto, informar o prazo em que isso vai acontecer. O ministro afirmou que há uma grande resistência para dar informação porque ela significa transparência e reduz as chances de desvios no Sistema Único de Saúde. Ele citou duas iniciativas que vão ser adotadas pelo ministério: o prontuário eletrônico único para todos os pacientes do SUS e a telemedicina, quer permitiria aos médicos da saúde básica ouvir especialistas, por meio de telefone ou videoconferência, durante a consulta nos postos de saúde.

Ricardo Barros disse que o número de pacientes encaminhados para a alta e média complexidade no Brasil é muito alto e a telemedicina ajudará a reduzir esse percentual. “Os médicos da atenção básica encaminham cerca de 35% dos pacientes para outros atendimentos. Precisamos reduzir esse número para 20%. E reduzir a fila de quem realmente precisa de atendimentos mais complexos”, afirmou. Ele informou que o sistema de telemedicina já foi implantado com sucesso em Santa Catarina e que essa experiência será replicada pelo ministério para outros Estados do País.

Um grupo de trabalhadores da saúde aproveitou a presença do ministro no seminário com líderes empresariais para fazer um protesto em frente ao local do encontro, no bairro da Imbiribeira. Eles denunciam que a atual gestão pretende reduzir o atendimento do Sistema Único de Saúde, em detrimento da ampliação da saúde privada no País.

Antes do encontro com líderes empresariais, o ministro visitou a fábrica da Hemobrás, em Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado. Ele disse que solicitou um plano de investimentos à nova diretoria da Hemobrás para que seja traçado um cronograma para liberação de recursos. “Vamos ver como vamos fazer. Se fizermos com recursos públicos serão necessários R$ 800 milhões para a primeira etapa. Mas podemos encontrar uma parceria para avançar naquele investimento”, afirmou.


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