INVESTIGAÇÃO

Caso do trio acusado de canibalismo na Justiça

Os rituais macabros, a execução fria e a até a venda de pedaços de carne humana, usados como recheios de salgados, chocaram a opinião pública.

Do JC Online
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Publicado em 25/10/2012 às 8:22
Foto: Wenyson Aubiérgio/JC Imagem
Os rituais macabros, a execução fria e a até a venda de pedaços de carne humana, usados como recheios de salgados, chocaram a opinião pública. - FOTO: Foto: Wenyson Aubiérgio/JC Imagem
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A Justiça de Pernambuco começa a ouvir hoje os depoimentos de testemunhas sobre um dos crimes mais brutais da história do Estado. O caso de canibalismo que aconteceu em Garanhuns, no Agreste, em abril deste ano, repercutiu também em todo o Brasil. Os rituais macabros, a execução fria e a até a venda de pedaços de carne humana, usados como recheios de salgados, chocaram a opinião pública.

Para a primeira audiência de instrução, foram solicitados pelo Ministério Público os depoimentos de 20 pessoas, entre elas o principal acusado, Jorge Beltrão, 50 anos, e das duas mulheres que viviam com ele e são consideradas cúmplices. A esposa dele, Isabel Cristina Pires Silveira, 50, e a amante, Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25. Jorge confessou os crimes quando foi preso, em abril.

Os depoimentos vão acontecer no Fórum de Olinda, a partir das 13h, e serão coordenados pela juíza Maria Segunda, responsável pelo caso. Apesar de 20 pessoas serem convocadas, apenas nove tiveram a presença confirmada. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que ainda não confirmou se os acusados realmente estarão presentes.

Jorge Beltrão confessou ter matado, esquartejado e comido partes de cadáveres de algumas mulheres em Garanhuns e disse que usava as vítimas em rituais macabros que fazia com a família. Na época, ele justificou o crime dizendo que “entregava as vítimas a Deus” e que “estava cumprindo uma missão.” Ele era casado com Isabel, mas mantinha um relacionamento com Bruna.

Em depoimento à polícia, Jorge disse, ainda, que matava as mulheres e depois comia a carne dos seus corpos num processo que definido por ele como de “completa purificação”. Ele chegou a dizer que estava arrependido do que havia feito, porque percebia que só Deus poderia matar. Mas logo depois explicou que “cumpria uma missão de Deus” e que “os anjos vingadores foram mal entendidos”.

A polícia chegou até os acusados após a família de uma das vítimas levar à delegacia uma fatura de cartão de crédito apontando que alguém teria feito compras no comércio de Garanhuns.

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