Uma operação da Polícia Civil realizada nos dias 25 e 26 deste mês terminou com a prisão de 177 pessoas em Pernambuco. Denominada Esforço Geral III, esta é a terceira ação da polícia no Estado, que resultou, desde o início do ano, na prisão de 450 pessoas com envolvimento em homicídios, roubos, tráfico de drogas e outras ações criminosas.
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Ao todo, foi empregado um efetivo de 889 policiais, sendo 138 delegados e 751 agentes e escrivães. Do balanço total, 121 mandados de prisão foram cumpridos, o restante é resultado de prisões em flagrante. Entre os presos, 17 são mulheres.
O objetivo da missão foi recolher ao sistema prisional o máximo de pessoas procuradas pela Justiça. Em janeiro, a primeira operação terminou com a detenção de 113 suspeitos; em fevereiro, o número aumentou para 160. A expectativa é que a ação se torne rotina no Estado, a cada mês com um número maior de prisões.
De acordo com Antônio Barros, chefe da Polícia Civil de Pernambuco, o foco da ação foi em cidades da Zona da Mata Norte e Agreste. "Houve um reclame justificado da sociedade de Carpina em relação ao aumento da criminalidade e do número de homicídios, então a Esforço Geral se concentrou na localidade do Agreste e da Zona da Mata", explicou.
Entre as prisões, destaca-se a captura de um homem condenado a 202 anos de prisão por diversos homicídios e roubos em Pernambuco. Renildo Carneiro da Silva, de 40 anos, estava foragido desde fevereiro, após receber progressão para o regime semiaberto, depois de 14 anos de reclusão no fechado. Renildo foi preso na quinta-feira (26).
Outro grupo desarticulado pela operação era formado por cinco chineses suspeitos de venda de produtos falsificados no Centro do Recife. Os presos eram três mulheres e cinco homens, com idades entre 28 e 36 anos. Entre o material apreendido, estão roupas, calçados e cintos.
Os chineses irão responder por cinco crimes: fraude no comércio, receptação qualificada, formação de quadrilha, crime contra a propriedade industrial e contra relação de consumo. A pena pode ultrapassar os 15 anos de prisão. As mulheres foram levadas para a Colônia Penal Feminina do Recife e os homens foram encaminhados para o Cotel.