O italiano Pasquale Scotti, 56, apontado pela polícia italiana como um dos mafiosos foragidos mais procurados do país, embarcou na manhã desta quarta-feira (27) para Brasília.
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Scotti deixou o Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, por volta das 6h30, no voo JJ3457, da TAM, acompanhado por três agentes da Polícia Federal. O italiano chegou pouco antes das 9h ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, de onde foi levado para a carceragem da Polícia Federal.
Scotti foi preso por uma equipe da Polícia Federal nesta terça (26), no Recife, onde com o nome falso de Francisco de Castro Visconti, viveu por quase 30 anos no Brasil. Atualmente, ele morava no Sancho, bairro de classe média baixa em Recife, com a mulher e dois filhos. Ele disse à PF que "vagou por vários Estados" até virar empresário.
A PF já pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) sua transferência para um presídio de segurança máxima. O governo italiano tem prazo de 90 dias para pedir ao Supremo a extradição de Scotti.
ACUSAÇÕES
Segundo as autoridades italianas informaram ao Brasil, Scotti foi o chefe do "braço militar" de um grupo mafioso denominado Nova Camorra Organizada, de Nápoles, e que tinha como líder principal Raffaele Cutolo, que cumpre prisão perpétua.
Scotti chegou a ser preso na Itália em 1984, mas escapou no mesmo ano do hospital em que estava custodiado, em Casoria. Desde então não foi mais visto e, segundo a PF, chegou a ser dado como morto por ex-mafiosos.
A Itália atribui a Scotti a participação em um total de 26 assassinatos na Itália entre 1980 e 1983, além de extorsão, porte ilegal de armas e resistência.
Scotti foi levado à sede da Superintendência da PF no Recife. A PF já pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) sua transferência para um presídio de segurança máxima. O governo italiano tem prazo de 90 dias para pedir ao Supremo a extradição de Scotti.
Após a notícia da prisão de Scotti, autoridades da Itália, como o ministro do interior Angelino Alfano, comemoraram na imprensa italiana a detenção do mafioso. "Um tiro surpreendente marcado por nossa equipe italiana junto com a valiosa cooperação da polícia do Brasil. A caça aos fugitivos ultrapassa à fronteira do nosso país", disse.
Arte: Jornal do Commercio