A Polícia Civil está investigando o desaparecimento da estudante Maria Alice Seabra, de 19 anos. Ela foi vista pela última vez na sexta-feira (19), após sair de casa, no bairro da Estância, Zona Oeste do Recife, com o padrasto, o mestre de obras Gildo da Silva Xavier, 34 anos, para uma entrevista de emprego no bairro da Ilha do Leite, na área central do Recife. Segundo a mãe da garota, o marido sempre foi ciumento e já chegou a agredir ambas.
“Pouco antes do Carnaval ele deu um aperto no pescoço de Maria Alice, por um motivo que eu nem lembro mais. Também chegou a me bater, e minha filha pediu para que eu o deixasse. Mas como eu o amava muito, dei uma segunda chance”, completa. Informações repassadas à Polícia – e não confirmadas – dão conta de que padrasto e enteada teriam sido vistos na praia de Serrambi, no último domingo.
Gildo é casado há 15 anos com a mãe de Maria Alice e teria levado a enteada para concorrer a uma vaga de emprego no município de Gravatá, no Agreste, onde ele teria morado. O último contato da família com os dois foi no dia seguinte ao desaparecimento, quando a mãe da estudante ligou para o celular do marido. Quando ele atendeu, ela alega ter ouvido a voz da garota pedindo socorro, seguida de uma interrupção do telefonema. “Ela ouviu quando eu estava falando com ele e pediu socorro. Ainda escutei ele mandando que ela calasse a boca e depois a ligação caiu. Desde então não sei mais de nada”, conta Maria José Arruda.
A delegada Gleide Ângelo, do DHPP, está à frente do caso. Ela afirma que está correndo contra o tempo para localizar Maria Alice e Gildo. “O que realmente preocupa é essa informação de que a ligação foi interrompida após um pedido de socorro da garota. Mas estamos adotando medidas sigilosas para conseguir localizá-los o quanto antes”, diz. Ela aproveita para orientar as pessoas que eventualmente tenham informações sobre o paradeiro da dupla para ligar para o telefone do Disque-Denúncia (3421-9595) ou para o número do próprio DHPP (3184-3567). “Lembrando que passar trote é crime e podemos responsabilizar criminalmente quem fizer esse tipo de coisa”.