Paralisação

Policiais civis realizam ato em frente ao IML

Categoria suspendeu as atividades para reivindicar melhores salários e instalações de trabalho, além da revisão do plano de cargos e carreiras

Do JC Online
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Publicado em 08/07/2015 às 8:50
Foto: Amanda Duarte/ JC
Categoria suspendeu as atividades para reivindicar melhores salários e instalações de trabalho, além da revisão do plano de cargos e carreiras - FOTO: Foto: Amanda Duarte/ JC
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Uma nova paralisação de 24 horas está sendo realizada nesta quarta-feira (8) pelos policiais civis de Pernambuco, mesmo após a Justiça determinar a suspensão do ato. Vestidos de preto, cerca de 100 já se reúnem em frente ao Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, para ato marcado para às 9h30. Com a mobilização, apenas os atendimentos de flagrantes estão em funcionamento. Um carro de som atravessado bloqueia a Rua Marquês de Pombal, em frente ao IML.

“Registros de Boletins de Ocorrências, vistorias, investigações, ouvidas, diligências e emissões de documentos estão suspensos. Apenas local de homicídios e flagrantes irão funcionar", explica Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), que destacou há possibilidade da paralisação se estender, uma vez que os próximos passos da greve serão decididos em assembleia em frente ao IML.

Segundo o sindicato, os serviços do Instituto de Medicina Legal também está sendo afetado. "Na última paralisação não suspendemos os serviços do Instituto, pois fizemos um acordo com a gestora, que prometeu melhorar as condições de trabalho em 15 dias. Como não foi cumprido, estamos paralisando. Desse jeito, os servidores e a população correm risco de contaminação", conta Cisneiros. Sem saber da paralisação, muitos parentes foram ao local realizar procedimentos. "Não saio daqui sem resposta", diz Gleyce Patrícia, que está no IML aguardando a liberação de um corpo.

Sobre a decisão do desembargador José Fernandes de Lemos de determinou que a categoria suspenda a paralisação, sob pena de multa de R$ 30 mil, o Sinpol divulgou, em nota, que discorda da decisão e que recorrerá da decisão. "O Sindicato informa que vai continuar na luta por melhorias na Segurança Pública", diz nota.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civil de Pernambuco (Sinpol-PE), está é a quinta paralisação realizada desde junho para cobrar  isonomia da gratificação com os delegados (de 100% para 225% sobre o salário), melhores condições de trabalho no IML e delegacias, a inclusão dos peritos papiloscopistas no Quadro Técnico Policial, a reposição inflacionária para o ano base de 2015, além da modificação no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). 

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