CRIME

Idosas são agredidas durante assalto a abrigo na Várzea

Um grupo teria arrombado o asilo por volta das 5h30 da manhã, levando pertences de funcionários e agredindo várias idosas

JC Online
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Publicado em 17/06/2016 às 8:55
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Um grupo teria arrombado o asilo por volta das 5h30 da manhã, levando pertences de funcionários e agredindo várias idosas - FOTO: Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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O que era para ser um dia de comemorações terminou virando caso de polícia. Na manhã desta sexta-feira (17), um assalto marcou negativamente a data do aniversário de 88 anos do Centro Geriátrico Padre Venâncio, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, e provocou momentos de pânico entre as 60 idosas albergadas no espaço.

Um trio, portando facas e uma arma de fogo, invadiu o prédio da instituição, que é mantida pela Santa Casa de Misericórdia do Recife, e abordou as velhinhas atrás de dinheiro. Após vasculhar os pertences das idosas, os suspeitos fugiram levando apenas a bolsa da enfermeira-chefe do abrigo. Segundo a diretora do local, esse é o quarto assalto à instituição em menos de um ano. 

Os suspeitos chegaram ao local por volta das 5h30. Inicialmente, o grupo tentou entrar forçando uma porta nos fundos do abrigo, mas não obteve sucesso. Em seguida, tentou arrebentar as telas das janelas, também sem êxito. Após uma das idosas abrir a porta da frente, os suspeitos conseguiram entrar. “Quando eu abri a porta para ver se algum funcionário havia chegado, dei de cara com eles. O que estava com um facão botou a mão no meu ombro e disse ‘vamos entrar?’”, relatou a idosa, de 74 anos, que preferiu não se identificar. “Os rostos estavam encobertos”, completa.

A partir daí, o grupo foi em busca de dinheiro e pertences nos quartos. “Estava na porta quando dois homens chegaram. Um deles me empurrou e entrou anunciando o assalto. Reviraram duas cômodas atrás de dinheiro”, contou uma outra idosa, de 88 anos, e há quatro no abrigo. Sem conseguir algo de valor, os suspeitos abordaram a enfermeira-chefe da instituição e fugiram levando sua bolsa, com um celular e documentos. 

“Às 6h, recebi telefonemas de vizinhos dizendo que o abrigo estava sendo assaltado. Acionei a polícia. Quando cheguei ao abrigo, havia um clima de muito desespero entre as idosas. Algumas delas chegaram a se esconder debaixo das camas para telefonar para os parentes. Os funcionários também estavam muito assustados”, relatou a diretora do abrigo, Maria Rosário Costa, ao reclamar da segurança na área. Ela disse que desde o primeiro assalto, em agosto do ano passado, a direção vem tomando providências como reforço nas portas e janelas e instalação de um refletor nos fundos da casa, possível local usado pelos suspeitos para ter acesso ao lar. De acordo com a diretora, o efetivo de vigilantes será aumentado. 

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O caso está sob investigação da Delegacia da Várzea. “Estamos fazendo diligências na área para tentar o flagrante. Apesar de existir câmeras de segurança, não conseguimos captar imagens do grupo. Suspeitamos que seja da comunidade. Se não conseguirmos pegar os bandidos, ouviremos as testemunhas”, detalhou o delegado Bruno Magalhães. De acordo com assessoria de comunicação da Polícia Militar, equipes da Patrulhas do Bairro, Moto Patrulhamento e o Gati (Grupo de Apoio Tático Itinerante) fazem a segurança do bairro. Segundo a PM, o 12º Batalhão intensificará as rondas e continuará as diligências para capturar os suspeitos.

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