O enterro de Mateus Alexandre Teixeira, 14, foi marcado por muita comoção e revolta de amigos e parentes do jovem que foi morto durante uma suposta troca de tiros entre Policiais Militares e suspeitos, no bairro do Vasco da Gama, Zona Norte do Recife. O garoto foi atingido por disparos no sábado (6) e morreu após ficar internado durante dois dias no Hospital da Restauração (HR).
Leia Também
- Protesto no Vasco da Gama pede justiça por morte de garoto de 14 anos
- 'Policial agora é matador', diz pai de menor morto no Vasco da Gama
- Ambulantes pedem construção de mercado público no bairro do Vasco da Gama
- Incêndio atinge bar no Vasco da Gama
- Mutirão contra o Aedes aegypti em Vasco da Gama e Macaxeira neste sábado
Uma multidão de amigos e parentes esteve presente no Cemitério de Casa Amarela para acompanhar o sepultamento do garoto. O pai do adolescente garantiu ter sido ameaçado, mas disse que mesmo assim irá "lutar por justiça". A mãe do menino chegou a passar mal durante o momento de despedida.
Manifestação
#JCCidades Fogo e muita fumaça na bacia do Vasco. Avenida Norte bloqueada em protesto por morte de menor pic.twitter.com/4qNUMbWxZh
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 9 de agosto de 2016
Após deixarem o cemitério, as pessoas seguiram em direção à Avenida Norte e fecharam a via com pneus e galhos queimados na altura do cruzamento com a Rua Vasco da Gama, próximo ao local onde o garoto residia. A Polícia Militar foi acionada junto ao Corpor de Bombeiros e conteve o protesto. O pedido dos populares é, a todo o momento, por justiça e, segundo eles, um novo protesto será realizado na Rua Vasco da Gama.
Entenda o caso
O pai do garoto, o pedreiro Antônio Carlos Tavares, 37, afirmou que Mateus voltava de um vídeo game no momento em que policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) da PM atiraram contra três suspeitos que estavam num veículo modelo Siena. Antonio procurou a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) na segunda-feira (8). Nesta terça-feira (9), os policias envolvidos no caso foram afastados das funções na rua.