LATROCÍNIO

Suspeito de envolvimento na morte de jovem em Cajueiro é identificado

Enquanto a polícia ouvia possíveis suspeitos, o corpo da jovem era velado e sepultado em Paulista, em clima de comoção.

Editoria de Cidades
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Publicado em 01/09/2016 às 21:40
Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem
Enquanto a polícia ouvia possíveis suspeitos, o corpo da jovem era velado e sepultado em Paulista, em clima de comoção. - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem
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Sete homens foram levados na tarde desta quinta-feira (1º) para prestar depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. A suspeita da Polícia Civil é de que pelo menos um deles tenha envolvimento na morte da administradora Amanda Adélia dos Santos, 25 anos, assassinada durante uma tentativa de assalto no Cajueiro, Zona Norte da capital, nessa quarta-feira (31). Enquanto a polícia ouvia os possíveis suspeitos, familiares enterravam a jovem no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. 

As informações são do delegado responsável pelo caso, Paulo Furtado. Ele afirmou que o suspeito foi identificado por uma das testemunhas, mas negou envolvimento. Informações levaram a polícia até um apartamento no Vasco da Gama, também na Zona Norte, onde oito homens estavam reunidos. Um deles teria trocado tiros com as autoridades e conseguido fugir. Os outros sete foram levados para o DHPP. Todos tinham mais de uma passagem pela polícia pelos crimes de roubo e latrocínio (roubo seguido de morte), inclusive o provável suspeito. 

Com os homens foram apreendidos um carro, armas de fogo e um valor de aproximadamente  R$ 800. O delegado acredita que eles podem fazer parte de um grupo que pratica assaltos na região. Ele informou ainda que as investigações estão no início e que a possibilidade de flagrante está sendo analisada. 

 

INSEGURANÇA

Quem mora no Cajueiro divide terreno com a insegurança. Críticas ao policiamento são frequentes nos discursos de quem convive com uma rotina de assaltos. A atendente Lilian Cândido, 30 anos, chega do trabalho por volta das 16h, mas sente medo apesar de o dia estar claro. "Não tem hora para os assaltos, porque as ruas estão sempre desertas. Tenho uma filha de um ano e sete meses e nunca saio com ela por aqui. Falta polícia", critica. 

Em nota, a Polícia Militar informou que mantém rondas constantes com viaturas e moto na região. Questionado, o órgão não informou o efetivo que atua no bairro. 

 

DESPEDIDA

Durante a tarde desta quarta-feira, familiares e amigos prestaram as últimas homenagens à jovem de 25 anos, que morava e trabalhava com a família em Olinda. O clima era de revolta e desespero no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. "Eu conhecia Amanda desde pequena. Era uma menina muito boa, com um futuro brilhante", comentou a professora Janice Pereira. 

O corpo foi velado no início da tarde e sepultado às 18h. Abalados, familiares pediram que a imprensa se afastassem. Um primo, que preferiu não se identificar, disse estar chocado. "Uma vida tão jovem interrompida desse jeito", lamentou.


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