VIOLÊNCIA

Estudante relata agressão e assalto após ignorar cantada no Derby

O caso aconteceu na sexta-feira (9) e alcançou grande repercussão após publicação da vítima no Facebook

JC Online
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Publicado em 12/09/2016 às 10:03
Foto: Reprodução/Facebook
O caso aconteceu na sexta-feira (9) e alcançou grande repercussão após publicação da vítima no Facebook - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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Uma jovem de 19 anos foi agredida e assaltada após ignorar uma cantada nas proximidades do Derby, na área central do Recife, nessa sexta-feira (9). O relato de Brunna Dias Ribeiro, 19 anos, professora de uma escola e estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sobre o caso alcançou grande repercussão e já tem mais de 8 mil compartilhamentos no Facebook.

No percurso para a Agamenon Magalhães, a estudante passou por três rapazes e foi abordada por um deles. "Ele começou a soltar gracinhas. 'Que morena linda, que gata' e eu continuei andando, não respondi, aí ele fez 'Vai responder não?' e os amigos começaram a rir dele", disse em entrevista à Rádio Jornal. Em seguida, o suspeito se aproximou e agrediu Brunna com um soco no rosto. Quando a jovem caiu no chão, ele desferiu outro golpe.  

Após a agressão, o homem pegou a bolsa dela, jogou todo o conteúdo no chão e fugiu levando R$ 70. "Eu não fui agredida porque ele queria um bem material meu. Fui agredida porque não respondi uma cantada”, lamentou. 

Além do choque pela violência, o relato de Brunna no Facebook frisou que ninguém que presenciou a cena parou para prestar auxílio. "Ninguém fez nada. Ninguém me ajudou. Estava sozinha e atônita. Absolutamente sozinha, no chão e juntando todas as minhas coisas. Só lembro de ter ouvido um dos rapazes gritar: "ei, meu irmão, tas doido, é?". A sensação de impotência é absoluta", afirmou.

A ocorrência foi registrada virtualmente, no sábado (10), após orientação dada pela delegacia de Olinda, no Grande Recife, cidade em que a vítima mora. Brunna diz que tem condições de reconhecer o autor da agressão e que a sociedade não pode ficar de braços cruzados diante de tanta violência contra a mulher. "Todo santo dia algum homem passa dos limites e agride ou mata uma mulher. Todo santo dia a gente assiste calado ao vizinho que bate na mulher, ao sobrinho que grita com a namorada, ao pai que bate na esposa. Todo santo dia."

Confira a entrevista completa no site da Rádio Jornal.

Leia abaixo o relato de Brunna sobre a ocorrência:

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