CRIME

Suspeito de matar segurança em assalto a carro-forte no Pina é preso

Carlos Henrique Batista da Silva, de 29 anos, foi detido em casa na noite da última quarta (27)

JC Online
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Publicado em 28/02/2019 às 18:27
Foto: Reprodução de vídeo/Divulgação/PCPE
Carlos Henrique Batista da Silva, de 29 anos, foi detido em casa na noite da última quarta (27) - FOTO: Foto: Reprodução de vídeo/Divulgação/PCPE
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A Polícia Civil apresentou na tarde desta quinta-feira (28) a prisão de Carlos Henrique Batista da Silva, de 29 anos, conhecido como “VS”. Ele é suspeito de ter matado o vigilante José da Silveira Trajano durante um assalto a carro-forte em uma agência da Caixa Econômica Federal do Pina, Zona Sul do Recife, no dia 13 de fevereiro.

O delegado João Leonardo, responsável pelo caso, deu detalhes da prisão em uma entrevista coletiva. Ele falou que os policiais fizeram uma campana nas proximidades da casa de Carlos, no bairro de Passarinho, Olinda, Grande Recife, onde o suspeito vive com a esposa e duas crianças. “Por volta das 19h de ontem [quarta-feira, 27], avistamos um carro preto se aproximando do endereço indicado como sendo a residência do suspeito”, relatou Leonardo.

Carlos foi visto perto do veículo e foi detido pelos policiais, pois havia um mandado de prisão expedido contra ele após o avanço das investigações. “Ele é um dos líderes da quadrilha, tanto que ele realiza quase toda a ação sozinho”, contou o delegado.

O crime foi registrado por câmeras de segurança da agência. Segundo a polícia, Carlos é o homem que aparece atirando e derrubando dois vigilantes da empresa Preserve no tiroteio, matando um deles. Assista.

*Atenção, os vídeos contém imagens fortes

João Leonardo contou que a equipe da Força-Tarefa Bancos, liderada pelo delegado Vinicius Notari, deu início às buscas e apuração do crime. “Nesse primeiro momento conseguimos prender um dos suspeitos”, afirmou. O preso na ocasião era José Geraldo Cordeiro da Silva, de 32 anos, que foi baleado durante a troca de tiros com os vigilantes da empresa Preserve.

“José Geraldo foi preso em flagrante delito e, como foi ferido, estava custodiado no HR (Hospital da Restauração)”, comentou o delegado. Esse suspeito morreu ainda na noite do dia 13.

Carlos reconhecido como assaltante

Segundo João Leonardo, os vigilantes que sobreviveram à troca de tiros reconheceram Carlos Henrique como um dos participantes da ação criminosa. “Ele foi identificado por reconhecimento fotográfico, além de perícia feita pelo Instituto de Criminalística (IC). Os laudos registraram indícios que apontavam a participação de Carlos no crime”, afirmou.

O delegado também comentou a periculosidade do suspeito preso. “Ele tem um vasta ficha criminal. Envolvido com homicídios, assaltos, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal, e tem habilidade no manejo de armas de fogo”, contou.

“Ele atira contra um vigilante, depois avança, pega uma espingarda 12 e continua atirando com apenas uma das mãos e atinge outro segurança”, descreveu o delegado. Já com o suspeito preso, a perícia constatou que Carlos tem um lesão no tórax, possivelmente provocada por um tiro.

“Teve mais sorte que o outro (José Geraldo), pois o disparo atingiu a região do peito protegida pelo colete balístico de forma tangencial”, explicou o delegado. José Geraldo, que acabou morrendo, também vestia colete, mas acabou baleado na região lateral do corpo. O tiro atravessou o tronco de José Geraldo.

O ferimento seria mais uma prova do envolvimento de Carlos no crime. “Essa lesão foi constatada na perícia do IML e é mais um indício que existe contra ele”, confirmou João Leonardo.

Investigações

De acordo com a polícia, pelo menos outros dois homens participaram da ação criminosa. A hipótese de envolvimento de pessoas ligadas ao banco no assalto também não foi descartada. “Identificar esses outros integrantes e outros possíveis colaboradores do crime é nosso objetivo agora”, explicou o delegado.

Os policiais fizeram uma busca na residência de Carlos Henrique logo após a prisão, mas não encontraram nem os R$ 260 mil roubados na ação, nem armas. “É normal que isso aconteça, uma vez que é o local onde ele vive com a esposa e duas filhas”, afirmou. “É rotina dos bandidos ter parte de suas vidas lícita, em virtude de possíveis incursões policiais”, complementou.

Carlos foi autuado pelos crimes de associação criminosa armada, latrocínio consumado e latrocínio tentado. Ele foi encaminhado para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

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