ESTRANGEIROS

Oito pessoas de Bangladesh são detidas por imigração ilegal no Aeroporto do Recife

De acordo com a PF, a fraude foi detectada porque já havia acontecido um caso semelhante no início de maio deste ano

JC Online
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Publicado em 05/06/2019 às 7:35
Foto: Divulgação/PF
De acordo com a PF, a fraude foi detectada porque já havia acontecido um caso semelhante no início de maio deste ano - FOTO: Foto: Divulgação/PF
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Oito pessoas de Bangladesh foram detidas no Aeroporto Internacional do Recife, na Imbiribeira, na Zona Sul da cidade, após serem apontadas como suspeitas de imigração ilegal. A detenção ocorrida na terça-feira (4) foi divulgada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (5).

Segundo a PF, os estrangeiros desembarcaram de um voo que saiu de Buenos Aires, capital da Argentina. Eles apresentaram os seus passaportes, carteira de tripulante marítimo e uma carta da empresa marítima de transbordo, com o objetivo de embarcarem num navio que só chegaria após sete dias no Porto do Recife.

Ainda de acordo com a PF, a fraude foi detectada porque já havia acontecido um caso semelhante no início de maio deste ano. Apesar dos passaportes serem autênticos, entrada dos imigrantes no Brasil foi considerada irregular porque eles não tinham visto para permanência em território brasileiro.

Pedido de refúgio

Em situações assim, é comum que os estrangeiros tenham suas entradas no Brasil negadas e tenham que regressar para o seu país de origem. No entanto, nesse caso, advogados foram até a Delegacia de Imigração (Demig) e apresentaram um habeas corpus no plantão da Justiça Federal em favor dos estrangeiros, pedindo  o direito de eles permanecerem no Brasil e solicitarem refúgio com o objetivo de preservar suas integridades física, psicológica e corporal em decorrência de perseguição político-religiosa em Bangladesh.

O pedido dos advogados foi aceito pelo Justiça Federal e, por isso, foi liberada a permanência dos estrangeiros no Brasil. Apesar da determinação judicial, a condição de refugiado ainda poderá ser negada, pois isso dependerá do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), ligado ao Ministério da Justiça, que analisará e decidirá pelo deferimento ou não da solicitação.

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