TROCA DE TIROS

Operação na Paraíba: PM diz que só usou força após reação do grupo

Polícia Militar prestou esclarecimentos em coletiva nesta quarta-feira (3)

JC Online
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Publicado em 03/07/2019 às 12:51
Foto: Felipe Vieira/JC
Polícia Militar prestou esclarecimentos em coletiva nesta quarta-feira (3) - FOTO: Foto: Felipe Vieira/JC
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Nesta quarta-feira (3), a Polícia Militar de Pernambuco prestou esclarecimentos em coletiva de imprensa sobre a operação da última terça-feira (2), entre as cidades de Barra de São Miguel e Riacho de Santo Antonio, na Paraíba, onde foram mortos oito suspeitos de envolvimento no assassinato de um policial militar em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, na última segunda. Segundo a PM, as autoridades só usaram força policial após reação e disparos da quadrilha diante a voz de prisão.

"Apesar de terem visto que o aparato policial era muito superior ao que eles tinham, ainda assim eles enfrentaram a força pública com extrema violência, então eles não estavam dispostos a se entregar, não iriam se entregar. Eles estavam reunidos com o objetivo de um replanejamento, talvez alguma instituição da Paraíba sofreria um atentado. Esse tipo de quadrilha não se contenta com R$ 56 mil. Portanto, eles não estavam dispostos a se entregar. Mesmo com a voz de comando, o cerco policial, dois helicópteros circulando no loca, eles não tinham condição de fuga e ainda assim lutaram com a força pública, não estavam dispostos a se entregar", garantiu o tenente coronel Luiz Cláudio Brito, porta-voz da PM. 

A Polícia Militar também deu detalhes sobre os suspeitos de envolvimento na morte do PM André José da Silva. Reniere Alves de Souza, de 22 anos, também morta na operação, era viúva de um dos onze envolvidos em ação contra banco em PE, morto também em confronto policial, em 2018. 

Wedis Souza Vieira, de 22 anos, era primo dos dois irmãos, José Adson de Lima, líder do grupo, e Andson Berigue de Lima, de 29 anos, conhecidos como Galego e Nanaca. Nanaca era vereador da cidade de Betânia, no Agreste de Pernambuco.

Os outros quatro envolvidos foram: Marcela Virgínia Silva do Nascimento, de 32 anos, José Pedro Agostinho da Silva, de 30 anos, Manoel José de Lima, de 37 anos e um menor de 17 anos.

Piora no quadro

A Polícia Militar também informou que houve piora no estado de saúde do sargento Moacir Moreira da Silva, atingido na ação que vitimou o seu colega. Ele se encontra em coma induzido no Hospital Geral do Agreste, em Caruaru.

Enterro sob forte comoção 

Com homenagens dos colegas de farda, o soldado André José da Silva, 32, foi sepultado na última terça-feira (2). A cerimônia foi realizada no cemitério de Santa Maria do Camucá, na mesma região.

Saiba mais

Oito suspeitos de envolvimento na morte de um policial militar em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, nessa segunda-feira (1º), foram mortos durante confronto com a Polícia Militar (PM) entre Barra de São Miguel e Riacho de Santo Antônio, na Paraíba, na manhã desta terça-feira (2).

Segundo a PM, seis homens e duas mulheres foram mortos na operação. Os corpos foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Cruz do Capibaribe. Entre os homens está um vereador de Betânia, município no Sertão do Estado.

Os agentes entraram em combate com os assaltantes. Durante a troca de tiros, o soldado André Silva morreu e o sargento Moacir ficou ferido.

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