A Secretaria de Saúde do Recife vai intensificar as ações de combate ao mosquito da dengue e chicungunha, o Aedes aegypti. A partir de março, os agentes de saúde ambiental realizarão plantões durante todos os dias da semana nos domicílios da cidade. A finalidade é atuar também nos imóveis que ficam fechados durante os dias úteis. A informação foi passada durante uma reunião de mobilização com representantes de diversas entidades da sociedade recifense, através do anúncio de uma campanha educativa batizada de Cuidado! Pode ser na sua casa. O objetivo é estabelecer parcerias para multiplicar a informação e assim combater os focos do mosquito nos domicílios.
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A preocupação com a dengue não é a toa. Segundo um levantamento realizado pela Secretaria de Saúde, o número de casos de dengue confirmados no município entre janeiro e fevereiro subiu 140% em relação ao mesmo período do ano passado, um total de 132 novos casos da doença. A situação é ainda pior em relação aos casos suspeitos da dengue, que aumentaram 393% nos dois primeiros meses deste ano em comparação a 2014. Ao todo, 937 casos suspeitos foram registrados.
Com o aumento, o secretário de Saúde do Recife Jailson Correia confirmou que a capital pernambucana vive uma nova epidemia de dengue; a última epidemia foi em 2012. A prefeitura está realizando um estudo para aumentar o quantitativo de agentes de prevenção, um efetivo que hoje está em torno de 1.000 profissionais, e as ações não tem prazo para terminar. A secretaria também informou que recebeu um reforço de R$ 400 mil do Ministério da Saúde para intensificar as ações de combate à dengue na cidade.
O Sindicato dos Corretores de Imóveis foi uma das entidades presentes no encontro. Segundo Paulo Santana, representante do sindicato, o grupo vai atuar nos canteiros de obras dos prédios em construção para ajudar a identificar os possíveis focos de criação de mosquitos. Representantes da Igreja Assembleia de Deus, atualmente com 700 mil seguidores na Região Metropolitana do Recife, e do candomblé também se disponibilizaram a atuar em campanhas educativas nas igrejas e encontros, para orientar os fiéis sobre as melhores formas de eliminar o agente vetor da doença.