Saúde

Microcefalia: Governo do Estado cria Comitê de Operações de Emergências em Saúde

Comitê é formado por diversas instituições de saúde do Estado

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 13/11/2015 às 16:54
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Comitê é formado por diversas instituições de saúde do Estado - FOTO: Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Leitura:

Depois do aumento no número de casos de microcefalia, que ganharam repercussão nacional nesta semana, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) criou um Comitê  de Operações de Emergências em Saúde (Coes) para discussão dos casos, planejamento das ações e atenção às mães e bebês. 

O Coes é composto por profissionais do Ministério da Saúde, da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),  Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip), Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Além disso, os profissionais de saúde foram instruídos a uma série de ações:

1. Instituição da notificação imediata e compulsória pelos profissionais de saúde, para conhecimento e monitoramento dos casos suspeitos de microcefalia.

2. Elaboração e publicação de protocolo clínico e epidemiológico para orientação dos profissionais das maternidades e unidades de referência. A base desse protocolo está sendo utilizada por outros estados da Federação.

3. Elaboração do protocolo para orientação dos profissionais nos cuidados com as gestantes, com indicação de assistência médica e psicológica.

4. Elaboração de informes semanais sobre a situação e caracterização dos casos notificados e divulgação nos veículos de comunicação.

5. Definição de referências para o atendimento dos bebês e das mães (HUOC, Imip, Cisam, AACD). De acordo com a necessidade, serão definidas referências regionalizadas.

6. Investigação epidemiológica, em parceria com o MS e instituições de pesquisa (Fiocruz, Imip, UFPE, USP), em busca da identificação da(s)  possível(is) causa(s) do aumento do número de casos de microcefalia. 

O Estado de Pernambuco foi o primeiro a identificar a mudança do padrão da doença no País.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco também reforça as orientações do Ministério da Saúde, divulgadas nesta sexta (13), para as gestantes:

1 - Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;

2 - Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;

3 - Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;

4 - Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;

5 - Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);

6 - Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes;

O Ministério da Saúde recomendou que as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança e que não significa que há uma recomendação para evitar a gravidez. Ainda de acordo com o Ministérios da Saúde, parcerias  com as secretarias estaduais e municipais de saúde estão sendo realizadas para estudar e investigar a definição do agente causador do aumento da ocorrência de microcefalia.

https://blogs.ne10.uol.com.br/social1/files/2015/11/recomendacoes.jpg


Últimas notícias