EPIDEMIA

Com 78 casos de microcefalia, Sergipe decreta emergência

No início da semana, Pernambuco, que lidera as estatísticas da doença no País com 646 casos confirmados, também havia decretado emergência

Do Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 02/12/2015 às 9:37
Foto: Guga Matos/JC Imagem
No início da semana, Pernambuco, que lidera as estatísticas da doença no País com 646 casos confirmados, também havia decretado emergência - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
Leitura:

Cresce ainda a preocupação do governo federal e dos Estados com o Aedes Aegypti. Sergipe declarou situação de emergência, na terça-feira (1º), após aumento no número de casos de microcefalia na região. O Estado diagnosticou 78 bebês com a má-formação neste ano, em 32 cidades. No início da semana, Pernambuco, que lidera as estatísticas da doença no País com 646 casos confirmados, também havia decretado emergência.

A portaria do governo sergipano especifica a criação de um grupo de trabalho para enfrentamento da má-formação. Também deve ser elaborado e divulgado um protocolo clínico e epidemiológico para orientação dos profissionais de saúde. Esse protocolo servirá de base para todas as demais redes de assistência, sejam públicas ou privadas, que atuam na área materno-infantil. "Temos de ter responsabilidade, travar uma verdadeira guerra contra este mosquito, pois o que está em jogo são as futuras gerações", disse o governador Jackson Barreto.

Repelente

Já o Ministério da Saúde avalia a possibilidade de distribuir repelentes para gestantes como uma estratégia para tentar conter o avanço da epidemia de bebês com microcefalia no Brasil. Ainda não há um consenso sobre a adoção da medida, mas o ministro da Saúde, Marcelo Castro, admitiu à reportagem que a hipótese está em discussão. "Estamos avaliando todas as possibilidades", disse

Outra medida na mesa do governo é a distribuição de telas para serem colocadas nas casas. Dentro do ministério, há resistência à adoção das medidas, em razão do seu alcance limitado e pela polêmica que a atitude poderá provocar. Não há garantias de que as telas sejam usadas pela população. 

Críticos da proposta afirmam que as duas medidas poderiam enfraquecer a principal mensagem do governo, que é tentar reduzir o número de criadouros do Aedes aegypti. Defensores da proposta, por sua vez, afirmam que todos os mecanismos de contenção da doença devem ser usados.

Por enquanto, o governo sugere que mulheres se protejam contra picadas do mosquito usando repelentes, protegendo suas casas com telas e usando roupas de mangas longas. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas notícias