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Dos R$ 30 milhões solicitados pela Prefeitura do Recife ao Ministério da Saúde, em novembro de 2015 para viabilizar o Plano de Enfrentamento ao Aedes Aegypti, foi liberado R$ 1.334.176,46 para a capital, segundo anunciou ontem o governo federal. Se consideradas todas as cidades de Pernambuco, o recurso chega a R$ 6.700.808,27. No total, foram repassados aos municípios brasileiros R$ 143,7 milhões extras para ações de combate ao mosquito que transmite dengue, chicungunha e zika – esta última relacionada à microcefalia.
O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, informa que o recurso destinado é muito distante da necessidade que a capital tem para potencializar medidas de combate ao mosquito. “Mas todo reforço financeiro é bem-vindo. Continuamos na expectativa de que mais recursos possam chegar”, informa Jailson. O montante liberado pelo governo federal para o Recife representa apenas 4,45% dos R$ 30 milhões solicitados pelo prefeito Geraldo Julio para conduzir o plano emergencial, que prevê a contratação temporária de 300 novos agentes de saúde ambiental e controle de endemias, o que significa um incremento de cerca de 50% no atual número de agentes e em todo o equipamento necessário para a atuação dessa equipe, como veículos e insumos.
Ainda ontem foi aprovado um recurso de R$ 1,27 bilhão para o desenvolvimento, neste ano, das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao mosquito. A esse montante, serão adicionados R$ 600 milhões para assistência financeira complementar da União para os agentes de combate às endemias. Também foram aprovados R$ 500 milhões extras para intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue, chicungunha e zika.
O Brasil fechou 2015, segundo o Ministério da Saúde, com o registro de 1.649.008 casos prováveis de dengue – número 178% maior do que o de 2014. Em Pernambuco, foram notificados 146.089 casos da doença ao longo do ano (51.776 confirmados), o que representa um aumento de 639,43%, em comparação a 2014.
Em relação à chicungunha, foram registrados 20.661 casos no País em 2015. Desse total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão em investigação. Além disso, pela primeira vez no Brasil, foram confirmadas três mortes por chicungunha, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe. As três vítimas eram idosas e apresentavam histórico de doenças crônicas. Em Pernambuco, foram 2.605 casos suspeitos (450 confirmados) da doença em 2015, sem mortes em investigação.