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A Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou nesta segunda-feira (1º) uma reunião em caráter de urgência para determinar se o vírus zika constitui uma "emergência de saúde pública mundial".
O encontro, que começou pouco antes das 13h15 GMT (11h15 de Brasília), é uma conferência telefônica entre oito especialistas, diretores da OMS e 12 representantes dos Estados membros, incluindo o Brasil, país mais afetado, afirmou o porta-voz da OMS, Gregory Hartl.
Os participantes devem anunciar a decisão até a terça-feira (2).
A OMS advertiu na semana passada que o vírus se propaga de "maneira explosiva" no continente americano, com a previsão de três a quatro milhões de casos em 2016.
A diretora da OMS, Margaret Chan, convocou a reunião de urgência para decidir se o vírus zika deve ser considerado como uma "emergência de saúde pública de alcance internacional".
Este tipo de consulta é pouco frequente, o que denota a inquietação da OMS com o risco de que o vírus se propague a nível mundial.
Embora os sintomas do vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti costumem ser de escassa gravidade, surgiram indícios que o vinculam ao número excepcionalmente elevado de casos de bebês que nascem com microcefalia.
O Brasil fez um alerta em outubro sobre um número elevado de nascimentos de crianças com microcefalia na região Nordeste. Atualmente há 270 casos confirmados e 3.449 em estudo, contra 147 em 2014.
O país notificou em maio de 2015 o primeiro caso de doença pelo vírus zika. Desde então, "a doença se propagou no país e também em outros 22 países da região", aponta a OMS.
Com mais de 1,5 milhão de contágios desde abril, o Brasil é o país mais afetado pelo vírus, seguido pela Colômbia, que no sábado anunciou mais de 20.000 casos, 2.000 deles em mulheres grávidas.
O alerta também soou na Europa e Estados Unidos, onde o vírus foi detectado em dezenas de pessoas que viajaram ao exterior.