A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que cresce a resistência do mosquito Aedes aegypti contra inseticidas e pede que governos trabalhem contra o vetor da dengue, da zika e da chikungunya com controle do uso de produtos químicos.
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"A resistência a inseticidas está se espalhando entre mosquitos", indicou a OMS. "Para minimizar o impacto da resistência em programas de controle, decisões adequadas devem ser tomadas", declarou a entidade em um novo estudo publicado nesta terça-feira (8).
Segundo ela, muitos governos têm optado por inseticidas baratos e de impacto moderado para evitar gastos elevados. Mas o resultado pode ser o desenvolvimento de mosquitos mais resistentes e a necessidade de voltar a usar produtos químicos, desta vez mais caros e afetando a capacidade de governos de garantir uma cobertura do programa a toda a área que precisaria ser atingida.
"O desenvolvimento de resistência leva a uma mudança a opções mais caras, comprometendo a cobertura", indicou a OMS.
Para a entidade, o plano de ação de um combate ao vetor da dengue deve ser acompanhado por diferentes métodos. Um deles se refere à rotação de diferentes produtos, idealmente não repetindo o mesmo inseticida durante um intervalo de dois anos.
Se a área geográfica a ser controlada for grande, a OMS sugere que governos usem diferentes inseticidas em cada um dos bairros sob alvo de uma operação.
A OMS também pede que haja um controle de criadouros, ao mesmo tempo em que o inseticida seja usado. O uso de redes em casas, roupas adequadas e maior uso de repelente também é sugerido.
A entidade, porém, admite que a estratégia de diversificar os instrumentos contra o vetor é "de difícil implementação, especialmente com uma epidemia ganha força e quando é chave conter o surto".