Saúde

H1N1: Cuidado reforçado nos dois primeiros dias do início dos sintomas

Médicos lembram que é essencial atenção especial para reduzir duração da doença e agravamento da infecção pelo vírus

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 30/03/2016 às 6:04
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Médicos lembram que é essencial atenção especial para reduzir duração da doença e agravamento da infecção pelo vírus - FOTO: Guga Matos/JC Imagem
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Os cuidados adotados nas primeiras 48 horas do início dos sintomas de gripe, especialmente entre a população que faz parte do grupo de risco para desenvolver complicações (como desconforto respiratório intenso), são essenciais para reduzir a duração dos sintomas e a ocorrência de agravamento da infecção pelos vírus da influenza – entre eles, o H1N1, que já acometeu pelo menos 13 pessoas em Pernambuco. Além dos medicamentos que aliviam os sintomas e do reforço na hidratação, o uso de fosfato de oseltamivir (ou Tamiflu, nome comercial do medicamento disponível só nas unidades de saúde) deve ser indicado para pacientes que têm possibilidade de evoluir com complicações da gripe.

“Merecem atenção os quadros em gestantes, idosos, crianças com menos de 2 anos e pacientes que já apresentam alguma doença crônica”, diz a infectologista e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Vera Magalhães. Para ela, o fato de o oseltamivir não estar nas farmácias pode dificultar o acompanhamento de alguns casos, especialmente de pacientes atendidos em consultório e têm que ir à emergência para ter acesso à medicação. “É importante o uso do medicamento de forma precoce, especialmente neste momento em que observamos gravidade maior dos casos.” 

Para Vera Magalhães, o cenário não causa surpresa. “Acredito que tanto H1N1 como H3N2 (subtipo de vírus da influenza popularmente conhecido como o mais comum) são endêmicos no Estado. Provavelmente tivemos H1N1 em 2015, mas casos podem não ter sido registrados porque o H3N2 predominou.” A Secretaria Estadual de Saúde informa que está atenta para monitorar os casos de H1N1, enviando amostras para análise laboratorial, com a realização de exames mais sensíveis. 

“Temos atendido mais pacientes com gripe que evoluem para quadros respiratórios graves em menos de 24 horas, mas não sabemos se todos são casos de H1N1 porque são necessários exames para confirmação. De qualquer forma, já prescrevemos oseltamivir para esses casos”, informa o infectologista Danylo Palmeira, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital das Clínicas da UFPE. 

Clínicas privadas de vacinação no Estado já estão com a vacina contra gripe com cepas atualizadas para 2016. Na Vaccine, há a trivalente e a tetravalente (com três e quatro tipos de cepas de vírus influenza em combinação, respectivamente). Custam a partir de R$ 90.

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