O surto antecipado de gripe H1N1 que vem atingindo o Estado de São Paulo já matou oito pessoas na capital paulista neste ano, informou nesta segunda-feira (28) a Secretaria Municipal da Saúde. Em todo o ano passado, a doença não havia causado nenhuma morte na cidade.
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Os óbitos se referem a pacientes que desenvolveram a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), doença que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como os vários tipos de vírus influenza e pneumonias. Ao todo, a síndrome causou 17 mortes neste ano, quase metade delas por H1N1.
O número de casos de SRAG notificados neste ano também teve um salto em relação ao mesmo período de 2015: 299 contra 127. Desse total, 66 foram causadas pelo H1N1 desde janeiro, ante apenas um caso no ano passado.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, a antecipação do surto, que costuma ocorrer somente no inverno, está provavelmente relacionada a paulistas que viajaram ao hemisfério norte nos últimos meses, quando a região estava no período de inverno e registrou circulação maior de H1N1, e trouxeram o vírus.
"Nós e o governo do Estado já pedimos ao Ministério da Saúde a antecipação da campanha de vacinação, marcada inicialmente para o dia 30 de abril, mas isso vai depender de quando as vacinas serão finalizadas pelo Instituto Butantã", declarou.