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Palavra de ordem é buscar uma vida saudável para prevenir doenças

Controle do estresse, prática de atividade física e alimentação saudável ajudam o organismo a funcionar melhor

Vanessa Araújo
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Vanessa Araújo
Publicado em 25/05/2016 às 10:08
Foto: Paloma Amorim/ Especial para o JC
Controle do estresse, prática de atividade física e alimentação saudável ajudam o organismo a funcionar melhor - FOTO: Foto: Paloma Amorim/ Especial para o JC
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A palavra de ordem é prevenção. Para ter boa saúde e viver mais, o que cada pessoa deve fazer é buscar uma vida equilibrada. Os especialistas apontam o controle do estresse, a prática de atividade física e alimentação saudável como base para fazer o organismo funcionar melhor por mais tempo. É uma mudança de comportamento para a vida inteira e não apenas para aqueles quilinhos extras que estão incomodando. Para aqueles que apresentam sintomas de doenças, o que antes era só ficção científica é cada dia mais realidade. Robôs chegam às salas de cirurgia e os nerds criam sistemas computadorizados que podem diagnosticar e tratar pacientes com diferentes doenças. Então, depois de ler o caderno especial que o JC preparou para você, levante-se da cadeira e comece hoje mesmo a tomar decisões saudáveis para sua vida.

Depois que a doença se instala, não se pode reverter o quadro, mas controlá-lo. Por isso, é importante cuidar da saúde antes do surgimento dos primeiros sintomas. A prevenção foca no que pode levar ao aparecimento problemas cardíacos e vasculares, pois são as doenças com alto índice de mortalidade. O cardiologista Giordano Bruno diz que os cuidados devem ser tomados alterando os fatores modificáveis e acompanhando os fatores não-modificáveis. Tabagismo, alimentação, sedentarismo são modificáveis e, ao mudar de atitude em relação a isso, a pessoa pode alterar o peso, hipertensão arterial e colesterol.

“Características genéticas e a idade, claro, não podem ser modificadas, mas podem interferir no surgimento e desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Então, precisamos mudar o que for possível”, comenta Bruno. A preocupação com a prevenção é reflexo do avanço da medicina, que permite a atuação dos médicos em três frentes de trabalho principais.

A primeira inclui ações de cuidado aos pacientes de gordura”, explica. Mas, pode ser considerado um contribuinte, ou um potencializador do surgimento de sintomas. O segundo foco é o diagnóstico da doença subclínica, tentando identificar placas de gordura naqueles que ainda não apresentam sintoma. O terceiro é o cuidado com quem apresenta angina ou alterações no eletrocardiograma

Atleta de fim de semana

O cardiologista esclarece que o estresse não é um fator de risco. “O estresse não é capaz de fazer com que o organismo crie placas de gordura”, explica. Mas pode ser considerado um contribuinte ou um potencializador do surgimento de sintomas. Por isso é importante praticar exercícios. “Pessoas que se exercitam estão mais protegidas, pois a atividade física regular mantém os vasos habituados a trabalhar sob estresse”, completa, destacando que a prática deve ser moderada. Por isso, é importante fazer uma avaliação com um cardiologista antes de começar a se exercitar, para assegurar a ausência de fatores de risco.

A recomendação é que sejam praticadas meia hora de atividades moderadas diariamente. Há quem exagere. O chamado “atleta de fim de semana”, que não tem condicionamento físico, coloca sua saúde em risco, pois concentra o que deveria ser feito durante a semana em duas horas de atividade intensa, no futebol de sábado, por exemplo. “Há casos em que eles passam os limites do próprio corpo, o que pode ser precipitante de problemas cardíacos”, destaca.

Tempo é prioridade

A busca por qualidade de vida costuma estar associada à vida saudável. Enquanto padrão de vida diz respeito ao poder de consumo de bens e serviços, a qualidade de vida é um conceito relacionado ao bem-estar físico e mental dos indivíduos e também da sociedade como um todo. Não há regras para definir se situação gera uma boa qualidade de vida para alguém, pois o conceito tem relação direta com as prioridades de cada um. “Qualidade de vida é viver de modo coerente com as suas necessidades”, resume Letícia Scorsi, diretora da Escola de Saúde e Educação da Faculdade dos Guararapes.

Ela lembra que a vida adulta inclui dissabores, e a diferença entre ser feliz ou não é como cada indivíduo lida com as adversidades. A professora ressalta que é importante a conscientização de que “a vida que a gente leva é a que escolheu levar. Quando a pessoa está consciente, se relaciona melhor com as consequências das próprias decisões”. Scorsi sugere que cada um escolha uma prática que lhe traga prazer (exercícios, por exemplo, ou encontrar os amigos com frequência) e a realize com disciplina. “Depois de um mês trabalhando em prol da própria qualidade de vida, muitos abandonam o plano”, lamenta.

O que acontece, muitas vezes, é que a força de um hábito impede a criação de outro. Scorsi classifica a falta de tempo, principal desculpa para abandonar novos hábitos, como o grande mal dos tempos modernos. Muitas vezes, parece falta tempo, mas o que faltam mesmo são prioridades.

“Estamos sempre superestimulados, sem relaxar, realizado mil tarefas simultaneamente. No final do dia, fica a sensação de incompetência, porque não fizemos nada, mesmo depois de tanto esforço”, alerta.

Importante é manter a atenção em uma atividade por vez, focando ao máximo no que está fazendo a cada momento. “Há pessoas que estão na academia com o celular na mão. Será que estão mesmo atentos aos movimentos que precisam fazer? ”, desafia.

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