Entrevista

Maurício Meirelles: 'O que eu faço não é bullying'

Humorista se apresenta neste domingo (13) no Teatro RioMar e conversa com o Jornal do Commercio

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 11/08/2017 às 5:00
Foto: Edu Moraes/Divulgação
Humorista se apresenta neste domingo (13) no Teatro RioMar e conversa com o Jornal do Commercio - FOTO: Foto: Edu Moraes/Divulgação
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Publicitário, escritor, humorista, repórter e guitarrista, o carioca Maurício Meirelles, de 33 anos, já fez de tudo em 10 anos de carreira. Com passagens marcantes pelo extinto CQC e, atualmente, no Pânico na Band, o comediante chega domingo ao Recife para apresentar seu novo Show de Humor e Webbullying (quadro que tem lhe consagrado atualmente na TV e na web) no Teatro RioMar. Em conversa com o JC, ele fala sobre o show, a carreira e seu próximo desafio: ser pai de primeira viagem.

ENTREVISTA // MAURÍCIO MEIRELLES

JORNAL DO COMMERCIO – Em que momento você percebeu que o humor era o caminho que você queria seguir?
MAURÍCIO MEIRELLES – Eu era publicitário e larguei tudo para fazer stand-up numa época em que nem pensei que poderia ser alguma coisa grande. Nem tinha o CQC (Band) quando comecei a fazer stand-up. O tempo passou e até o prêmio de melhor stand-up comedy no Risadaria eu ganhei. Talvez não signifique muito ganhar prêmios de stand-up, mas para mim foi um marco na minha vida. Mostrou que o que acreditei virou um negócio grande, e as pessoas querem conhecer meu trabalho. Dez anos se passaram e eu tenho a certeza que escolhi o melhor caminho.

JC – Como você avalia a sua trajetória no CQC? Sente falta do programa?
MAURÍCIO – Eu adoraria que o CQC voltasse, não sei se seria repórter do programa, mas eu adoraria que voltasse. O CQC de raiz, o combativo. Adoraria. Foi a maior experiência da minha vida. As melhores oportunidades, Will Smith, Adam Sandler na minha frente... Ídolos, eleições americanas, vendo Obama ganhar. Foi maravilhoso!

JC – Você se sente mais à vontade no Pânico na Band por fazer algo mais próximo de seu trabalho no teatro?
MAURÍCIO – Meu trabalho no Pânico se aproxima de algumas coisas que faço no palco e o improviso contribui muito para isso.

JC – Você já fez o Webbullying com muitos famosos. Existe algum que seja o seu favorito? Com quem você gostaria de fazer esse quadro um dia?
MAURÍCIO – Já fiz com muita gente. Fiz uma vez com o Catra em um show no Rio de Janeiro e foi genial. O vídeo está em meu canal do YouTube. Outro marcante aconteceu agora em meu show especial de 10 anos de carreira que fiz no final de julho no Espaço das Américas, em São Paulo, com meu grande amigo Marcelo Tas. Foi inesquecível!

JC – Em tempos de “patrulha do politicamente correto” nas redes sociais, não te incomoda as críticas por fazer humor praticando bullying?
MAURÍCIO – O que eu faço nos meus shows não é bullying, longe disso. Na parte final do espetáculo eu chamo algumas pessoas da plateia que querem subir ao palco e participar. Elas sabem o teor da brincadeira e eu sei até onde eu posso chegar. O objetivo não é humilhar ninguém, apenas fazer todos darem muitas risadas, inclusive quem participa.

JC – No palco, você se sente mais confortável roteirizado pelo seu texto de stand-up ou pela adrenalina do improviso do Webbullying?
MAURÍCIO – As duas coisas. Ver a galera dando risada das piadas é enriquecedor para qualquer humorista. Estou com um texto novo e a plateia permanece se divertindo bastante. O Webbullying é um grande barato, curto muito esse momento do show, do improviso e das maluquices que saem de lá.

JC – Recife tem muitos humoristas no gênero do stand-up comedy. Você sente uma responsabilidade maior de se apresentar por aqui?
MAURÍCIO – Muito. Recife é um celeiro de grandes nomes do humor no Brasil e está com uma geração muito boa também no stand-up. O Murilo Gun é uma grande referência e isso também contribui para o surgimento de novos humoristas.

JC - E a Banda Renatinho (projeto musical com Tatá Werneck, Nil Agra, Murilo Couto e Marco Gonçalves)? Alguma novidade sobre esse projeto?
MAURÍCIO - A novidade vai aparecer quando acharmos tempo para tocar... (risos)

JC – Já que estamos às vésperas do Dia dos Pais, qual a importância e influência do seu pai na tua vida pessoal e profissional? E qual a tua expectativa em ser pai pela primeira vez?
MAURÍCIO – Meu pai sempre foi meu grande ídolo, mas isso desmoronou com a história do caiaque. Quem ainda não conhece essa história é só procurar no meu canal no YouTube. Quanto à expectativa de ser pai, é emocionante. É um sonho que está se realizando em um momento muito especial da minha vida. O problema é que o tempo está passando muito rápido e agora tenho apenas seis meses para amadurecer! (risos)

SERVIÇO

Mauricio Meirelles em Show de Stand Up e Webbullying
Domingo (13), às 18h, no Teatro RioMar (Av. República do Líbano, 251, 4º piso – RioMar Shopping).
Ingressos: R$ 90 (plateia) e R$ 80 (balcão), com direito à meia-entrada. À venda na bilheteria do Teatro RioMar Recife e no site Ingresso Rápido. Assinante JC tem 50% de desconto.
Televendas: 4003-1212

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