DANÇA

Coletivo Lugar Comum tem história contada em livro

Noite na Casa Maravilhas contará ainda com leituras performatizadas feitas por integrantes, com tradução em libras

Márcio Bastos
Cadastrado por
Márcio Bastos
Publicado em 07/09/2019 às 7:00
Foto: Ju Brainer/Divulgação
Noite na Casa Maravilhas contará ainda com leituras performatizadas feitas por integrantes, com tradução em libras - FOTO: Foto: Ju Brainer/Divulgação
Leitura:

O Coletivo Lugar Comum tem, desde sua fundação, em 2007, investido em um modelo pautado pela horizontalidade na criação, produção e gestão, sempre respeitando as particularidades de seus membros. Esse modus operandi agora é compartilhado com o público através do livro Comum Singular: 10/12 anos de Coletivo Lugar Comum, que é lançado hoje, às 18h, na Casa Maravilhas. A noite contará ainda com leituras performatizadas feitas por integrantes, com tradução em libras.

Pensada como um marco para celebrar a primeira década de atividades do grupo de dança, a publicação é fruto de um processo que durou de 2017 a 2018 (por isso o trocadilho dos 12 anos no título) e foi marcado pelo cuidado e o afeto. Uma parceria do coletivo com a Titivillus Editora, com incentivo do Funcultura, a obra é organizada por Roberta Ramos, Liana Gesteira e Conrado Falbo e ecoa as múltiplas vivências dos integrantes do coletivo.

“Não queríamos contar nossa história de uma maneira tradicional, com uma única perspectiva, afinal, somos formados por 14 pessoas. Nossas criações, mas trazendo a história de uma forma diferente, não linear, sem uma única perspectiva. Não sabíamos como íamos fazer e, por isso, tomamos o nosso tempo, revisitando nossos arquivos e compartilhando memórias. Todos os integrantes contribuíram com o processo”, explica Liana Gesteira.

Este é o segundo livro do grupo (em 2017, foi lançado Motim: Paisagens e Memórias do Riso) e reforça a preocupação dos artistas com a memória e o compartilhamento de processos.

“Não existem muitas publicações na área da dança e para nós sempre foi muito importante compartilhar os nossos processos. Somos um grupo que não tem diretor, no qual todos são criadores e gestores. Sentimos que assumir essa coletividade é um ato político, ainda mais agora, diante de tantos ataques à cultura. O que este livro propõe é o compartilhamento de outras experiências de exercício da democracia e falar do coletivo, neste momento, é falar de resistência”, reforça.

FUTURO

No próximo ano, o Lugar Comum fará circulação do espetáculo Segunda Pele pelo Uruguai, Chile e Paraguai. O grupo também está em processo de construção do espetáculo Cicatrizes do Esquecimento.

Últimas notícias