Tradição

Museu do Mamulengo recebe acervo do Mestre Solón

Mais de 70 mamulengos foram doados pela família à instituição

JC Online
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Publicado em 14/07/2017 às 16:07
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Mais de 70 mamulengos foram doados pela família à instituição - FOTO: PMO / Divulgação
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Marly Sarandão saiu muito cedo de Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, onde mora. Às sete horas da manhã de ontem, já estava em Olinda, assinando o termo de doação de um dos mais importantes legados deixados por seu pai: 74 peças, de tamanhos e épocas diversas, foram doados pela família do famoso Mestre Solón ao Museu do Mamulengo Espaço Tiridá, em Olinda, a maior instituição do tipo na América Latina.

“É uma doação que não temos mesmo como valorar. O que podemos dizer é que esse acervo será preservado e agora está mais disponível ao público”, diz o antropológo Luciano Borges, diretor do museu. As peças trazem figuras completas dos personagens com os quais Solón costumava montar seu teatro de títeres.

Nascido em Carpina em 1921, Solón Alves de Mendonça contava que foi fisgado pela “magia do boneco” aos oito anos de idade, quando assistiu a uma apresentação do Mamulengo de Chico Presepeiro, conhecido como Chico da Luz. Enfeitiçado, aos 17 já se assumia como mestre titeriteiro.

30 ANOS

Com seu Mamulengo Invenção Brasileira, viajou com apresentações por diversas cidades brasileiras. Famoso pelas alegorias articuladas de “casas de farinha”, ele esculpia na madeira de mulungu todos os personagens de suas tramas.
Solón morreu, coincidentemente, há quase 30 anos. No dia 7 de julho de 1987, depois de ser atropelado numa viagem a convite da Cruzada de Ação Social de Pernambuco para mostrar sua arte em Brasília.


Museu do Mamulengo Espaço Tiridá. Rua de São Bento, 344 - Varadouro, Olinda.

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