Morreu, na noite deste sábado (10), no Recife, o artista plástico Corbiniano Lins, aos 94 anos. O olindense estava internado há 30 dias no Hospital Albert Sabin, no bairro da Ilha do Leite. Ele deixa oito filhos, oito netos e 10 bisnetos.
Corbiniano travava uma luta contra uma diverticulite aguda e insuficiência renal. Seu corpo está sendo velado no Cemitério Parque das Flores, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife. O sepultamento está amrcado para as 16h.
Carreira
O artista nasceu em Olinda em 2 de março de 1924 e participou do movimento de Arte Moderna do Recife, na década de 1950, ao lado de nomes como Abelardo da Hora, Reynaldo Fonseca e Samico e Celina Lima Verde.
O escultor é protagonista do documentário "Corbiniano", do diretor Cézar Maia. Ao longo da vida, ele expôs em salões de São Paulo, do Rio de Janeiro e em países da Europa, da América Latina e do Oriente Médio.
Obras pelo Recife
A obra de Corbiniano pode ser admirada em vários pontos da capital Pernambucana. As esculturas do olindense estão na Avenida Guararapes, na Praça da Independência e em Agências Bancárias. Um mural de 20 metros em forma de "S" e pintado sobre azulejo, em homenagem à Revolução Pernambucana, está exposta na Praça General Abreu e Lima, no bairro de Santo Amaro.
Manifestação de pesar
Em nota, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lamentou a morte do artista e afirmou que o Estado e o Brasil "perdem um dos seus maiores escultores com a morte do mestre Corbiniano Lins". "Ao longo de sete décadas, primeiro como pintor e depois na escultura, Corbiniano nos encantou com sua arte sensual e apaixonada. Enquanto foi possível, ele não abriu mão da sua vocação", destacou o socialista.
