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Hilton Lacerda prepara novos projetos para cinema e TV

Pernambucano adaptou roteiro de Big Jato, novo filme de Claudio Assis; grava piloto de série no Sertão; e já escreve novo roteiro

Mateus Araújo
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Mateus Araújo
Publicado em 18/11/2014 às 6:29
 Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Pernambucano adaptou roteiro de Big Jato, novo filme de Claudio Assis; grava piloto de série no Sertão; e já escreve novo roteiro - FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Enquanto ainda colhe os louros do seu bem sucedido Tatuagem – um dos grandes lançamentos do cinema pernambucano em 2013 – Hilton Lacerda já se prepara para o novo. Ou melhor: para os novos projetos. Depois de adaptar em parceira com Ana Carolina Francisco o livro Big Jato, de Xico Sá para filme homônimo de Claudio Assis, agora ele grava em Triunfo, Sertão do Pajeú, um piloto de série para TV, enquanto afia seu verbo no roteiro de um novo filme. 

Ainda em São Paulo, na semana passada, Hilton se preparava para as gravações de Conto que vejo, que faz neste exato momento no interior de Pernambuco (ele chegou aqui na última quarta-feira), a convite da REC Produtores. No novo projeto, ele adaptou cinco contos de autores nordestinos numa história que costura personagens e situações passadas na cidade fictícia chamada Desterro. “São contos que não tem ligação entre si. Minha tarefa foi dar uma unidade a eles. E de que forma poderia fazer isso? Criei uma cidade fictícia, onde ela centraliza as histórias. Esses personagens vão se misturando por algum fio de proximidades, familiaridade”, explicou em entrevista por telefone, antes de viajar. 

A proposta de Conto que vejo é aproveitar a força do cinema pernambucano contemporâneo e arriscar nas produções de ficção voltadas para a televisão e outras plataformas. A primeira história da série é Mentira de amor, baseada no texto de Ronaldo Correia de Brito. O projeto relê, ainda, Mateus, de Hermilo Borba Filho; O dia em que Céu casou, de José Carlos Viana; e Castilho Hernandez, o cantor e sua solidão, de Sidney Rocha. O quinto conto é do próprio Hilton, intitulado Fim do mundo, que, na definição do roteirista, “é uma ideia de alinhavar todas as histórias”. 

Há duas semanas, a convite da Folha de S. Paulo, Hilton escreveu um roteiro de ficção sobre a falta de chuva em São Paulo, para ser publicado no jornal. Em A procissão, estava lá, entre críticas, sarcasmos e doçura, o Hilton cronista-cineasta discutindo não só a seca da águas, mas a seca de tantas efetividades. O roteiro fala sobre dois homens que se amavam em meio a uma cidade ensandecida à espera da chuva. O suor do sexo entre ambos termina virando a água que sacia os sedentos na Avenida Paulista.

Neste embalo da criatividade, os sonhos e o trabalho não param. Um novo filme já surge na cabeça do pernambucano, que mora na capital paulista: ele está escrevendo Fim de festa. A história, ambientada no Recife contemporâneo, entre uma Quarta-Feira de Cinzas e o domingo pós-carnaval, mostra o readaptar-se de uma cidade após os quatro dias de catarse de Momo. “Quando você parte para outro, tem que romper com o anterior. Em Fim de festa as intenções são outras”, diz o roteirista e diretor, à vontade e pronto para o novo filme.

Leia a matéria completa no Caderno C desta terça-feira (18).

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