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Literatura, teatro e música no Festival RioMar

O Festival RioMar de Literatura celebra a multidisciplinaridade e a importância do escritor paraibano Ariano Suassuna como norteador da cultura brasileira

Do JC Online
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Publicado em 17/03/2015 às 19:07
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O Festival RioMar de Literatura celebra a multidisciplinaridade e a importância do escritor paraibano Ariano Suassuna como norteador da cultura brasileira - FOTO: Divulgação
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O papel do escritor Ariano Suassuna como norteador da cultura brasileira, o romance, o teatro e a música movimentam o segundo dia do 3º Festival RioMar de Literatura, no Teatro Eva Herz. O acesso é gratuito.

A tarde desta terça será aberta, às 15h, com uma mesa sobre o romance, com mediação da presidente da Academia Pernambucana de Letras, escritora e antropóloga Fátima Quintas. Participam os escritores Lucilo Varejão Neto, Alexandre Santos e Ana Maria César. Em seguida, a Dispersos Cia. de Teatro faz uma performance sobre um fragmento do romance A história de amor de Fernando e Isaura, de Ariano Suassuna. O escritor taperoaense é tema da palestra, às 15h30, do professor Lourival Holanda, da Universidade Federal de Pernambuco, com o tema Ariano – um norteio na cultura brasileira.

O terceiro momento literário é dedicado à poesia popular, com participações de Luciana Rabelo e Anaíra Marin, às 16h30. Literatura e teatro, com o ator, diretor e professor José Pimentel, com sua longa experiência em encenação tanto na Paixão de Cristo como no teatro profissional pernambucano. e o dramaturgo, contista e romancista Cícero Belmar.

Eles vão contrapor as formas de se levar o texto teatral ao público, seja num palco italiano ou em domicílio, uma forma que ganhou impulso no ano passado, devido a falta de pautas nos teatros. 

“O teatro em casa é a exemplificação concreta de que o teatro é primo-irmão da literatura. Um está relacionado com o outro. O texto ganhava uma importância muito grande nas apresentações porque o que segurava a atenção das pessoas era a dramaturgia e a capacidade de interpretação”, diz Cícero Belmar.

“As peças eram encenadas em salas, cozinhas, corredores. Os atores transitavam entre os espectadores, e esses passavam a ser testemunhas íntimas da ação, da interpretação dos atores e suas emoções, vivendo a trama que o autor escreveu”, diz Belmar. “Nessa proximidade, havia uma intimidade tão grande do espectador com o ator, que só é possível ocorrer no processo da leitura de um livro. De certa forma, o que ocorria era uma leitura em movimento, enriquecendo o texto”, afirma o escritor.

A Dispersos volta em cena depois para interpretar um trecho da peça O santo e a porca, de Ariano. O encerramento será com um showcase do cantor Geraldo Maia, falando da relação entre a música e literatura, em especial ao seu autobiográfico livro Breu, enquanto o jornalista Marcelo Pereira relembra de casos famosos de poemas que viraram música – da modinha e do samba ao punk e o metal – e de letras de música que se sustém como poemas.

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