Cercada de expectativas, a minissérie Justiça deu o seu pontapé inicial na Rede Globo. O episódio de estreia exibido nesta segunda-feira (22) apresentou sua história com foco no assassinato de Isabela (Marina Ruy Barbosa) por Vicente (Jesuíta Barbosa). Como pano de fundo, a cidade do Recife se mostrou imponente e melancólica na trama, dirigida por José Luiz Villamarim, e escrita por Manuela Dias.
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Um dos nomes de destaque neste início foi a atuação de Débora Bloch como Elisa. A mãe de Isabela iniciou a minissérie questionando o senso de justiça sete anos depois que o assassino de sua filha foi solto. O pernambucano Jesuíta Barbosa também surpreendeu com o seu ciumento e destrutivo Vicente. A trama conduziu de uma forma que "justificou" a atitude drástica de uma pessoa desequilibrada e embriagada ao matar a sua noiva a queima roupa, ao presenciar uma traição.
Uma das inovações de Justiça é contar quatro histórias diferentes a cada dia, mas com inserções dos outros enredos em cada episódio. Isso foi posto em prática já neste primeiro capítulo, onde foi possível ver a presença de Fátima (Adriana Esteves), Rose (Jéssica Ellen) e Maurício (Cauã Reymond) - protagonistas das outras tramas - em pequenas passagens, de modo a interligar suas vidas, direta ou indiretamente.
Gravada parcialmente em Pernambuco, neste capítulo de estreia foi possível observar a orla de Boa Viagem, a Praia do Pina, o Teatro de Santa Isabel, o Palácio do Governo (transformado em restaurante) e o Edifício Holiday, escolhido para servir de fundo para a abertura da minissérie, com todos os créditos inseridos em primeiro plano, quebrando um paradigma na parte estética. A fotografia, assinada por Walter Carvalho, mostrou um Recife mais melancólico, mas tão poético quanto. Na trilha sonora, o pernambucano Otto foi o grande destaque com o seu sucesso Crua, conduzindo uma cena protagonizada por Jesuíta Barbosa.
Justiça encerrou seu início deixando um grande gancho, que só será retomado originalmente na próxima segunda-feira (29). Mas nada impede que os próximos capítulos contem mais algum detalhe, mas visto sob outra perspectiva. Nesse emaranhado de histórias, quem ganha é o público, que passa a enxergar uma nova forma de teledramaturgia, acompanhando a condução de várias tramas ao mesmo tempo.