Fernanda Montenegro defende os artistas: 'Não somos ladrões'

Na premiação do 'Domingão do Faustão', veterana pediu respeito aos atores e se pronunciou sobre a Lei Rouanet

Foto: Twitter/@RealitySocial/Reprodução
Na premiação do 'Domingão do Faustão', veterana pediu respeito aos atores e se pronunciou sobre a Lei Rouanet - FOTO: Foto: Twitter/@RealitySocial/Reprodução

A atriz Fernanda Montenegro virou assunto na noite deste domingo (9) ao receber o prêmio Melhores do Ano, do Domingão do Faustão, da TV Globo, na categoria especial Personagem do Ano, por viver a curandeira Mercedes na novela O Outro Lado do Paraíso. Em seu discurso de agradecimento, a veterana de 89 anos fez um discurso potente em defesa da classe artística e da descrença da Lei Rouanet.

“Nós somos de uma profissão digna, parte de uma cultura teatral milenar. Não é possível fazerem de nós – gente de palco, atores de TV e cinema – responsáveis pela derrocada econômica desse país. Não somos corruptos. Somos dignos”, desabafou Fernanda, sob aplausos da plateia.

Falando com Faustão, a atriz ainda ressaltou junto ao público a importância daquele momento para fazer um apelo. “Aproveito esse seu programa, onde você apresentou dezenas de atores, atrizes, onde lembramos diretores, autores, para dizer que não somos corruptos”, afirmou.

Fernanda seguiu com o seu clamor no palco do Domingão, criticando a voracidade das redes sociais. “Eu sei que há uma terra de ninguém que é a internet, tudo bem. Então, temos de nos posicionar de uma maneira mais palpável. Podemos não ser prioritários, mas temos uma profissão libertária. Os nossos palcos, os programas de TV ligados à dramaturgia, tudo isso é uma busca constante de amplidão do imaginário, e isso nos leva a uma integração. Não somos corruptos. Não somos ladrões diante da Lei Rouanet. Procurem os verdadeiros buracos corruptos deste país”, declarou.

Ao lado de Adriana Esteves e Marieta Severo, com quem concorreram com ela na categoria, Fernanda Montenegro encerrou o seu discurso: “Este momento é lindo, a prova de que existe uma arte neste País”.

VEJA UM TRECHO DO DISCURSO:

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