Falecimento

Aos 96 anos, morre a poetisa cubana Carilda Oliver

Carilda Oliver se tornou símbolo do verso erótico em Cuba, explorando as liberdades femininas, chegando a desafiar a ditadura de Fulgencio Batista

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 30/08/2018 às 8:49
Foto: AFP/Reprodução
Carilda Oliver se tornou símbolo do verso erótico em Cuba, explorando as liberdades femininas, chegando a desafiar a ditadura de Fulgencio Batista - FOTO: Foto: AFP/Reprodução
Leitura:

A poetisa Carilda Oliver, símbolo do verso erótico em Cuba, faleceu nesta quarta-feira aos 96 anos, deixando uma obra de mais de 40 livros publicados em vários idiomas, informou o jornal Juventud Rebelde.

"A Prêmio Nacional de Literatura foi uma das mais sobressalentes poetisas de Cuba e Hispanoamérica, e os cubanos e em particular os matanceros agradecem essa vida consagrada por inteiro à poesia", expressou o jornal sem informar a causa da morte.

Nascida em Matanzas, 100 km a leste de Havana, onde viveu toda sua vida, Oliver começou a poesia em 1943 com seu primeiro livro "Preludio Lírico".

Vida na poesia

Sete anos depois, em 1950, ganhou o Prêmio Nacional de Poesia, concedido pelo Ministério da Educação por seu livro de poesia mais conhecido Al sur de mi garganta (1949). 

Desafiando a repressão da ditadura de Fulgenio Batista (1952-1958), escreveu seu "Canto a Fidel", um poema dedicado ao líder Fidel Castro, que, em seguida, comandou uma guerrilha na Sierra Maestra contra Batista.

Oliver se formou na licenciatura em Direito, e cultivou uma poesia erótica alegre, que lhe valeu grande popularidade.

Segundo a Agência Cubana, seu corpo será cremado e suas cinzas expostas em sua casa em Matanzas.

Últimas notícias