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Maria Bethânia traz ao Recife sua "Carta de amor"

Cantora baiana se apresente nesta sexta (19) no Teatro Guararapes, às 22h. Os ingressos já estão esgotados

Mateus Araújo
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Mateus Araújo
Publicado em 19/04/2013 às 6:09
Joao Milet Meirelles / Divulgação
Cantora baiana se apresente nesta sexta (19) no Teatro Guararapes, às 22h. Os ingressos já estão esgotados - FOTO: Joao Milet Meirelles / Divulgação
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O Recife espera a Carta de amor de Maria Bethânia desde 25 de janeiro, mas as palavras da baiana, então, estavam de luto – a apresentação chocava com a data de um mês de falecimento da sua idolatrada mãe, Dona Canô, e teve que ser remarcada. Agora, finalmente ela volta a Pernambuco, nesta sexta-feira (19), às 22h, no Teatro Guararapes, com uma característica sempre previsível quando o quesito é bilheteria: ingressos esgotados nas primeiras horas ou dias de venda.

Acostumada a se deleitar com os versos e as palavras, no palco – e isto é ela mesma quem diz – a Maricotinha não canta; interpreta, vive os sentimentos. No seu novo show, a cantora desfia sua paixão à vida e à carreira de 47 anos. Precisa e enfática nas interpretações, ela se lança neste projeto de maneira ainda mais transparente e natural.

“Cada trabalho de Bethânia é muito diferente um do outro, embora seja a mesma artista e o mesmo estilo. Ela se preocupa com todos os detalhes, cria um roteiro teatral”, explica a diretora Bia Lessa, que assina também a cenografia do show. “Eu brinco com ela dizendo que esse show representa o que é a Bethânia de agora. Então é um show que pede uma simplicidade. Ela tem uma coisa muito bonita, a ideia que a casa dela é o palco”.

Carta de amor é um show baseado no último disco de Maria Bethânia, Oásis de Bethânia. O nome da turnê é o mesmo da canção mais forte do disco, na qual a cantora interpreta, pela primeira vez, um texto de sua autoria, com música de Paulo César Pinheiro.

 

“Há uma inovação no estilo de harmonia. São arranjos grandiosos, bem mais do que qualquer outro que ela já pode ter tido”, diz Wagner. “O primeiro ato do show é um pouco mais denso; no segundo, ela fala muito de casa, de lar, família, das coisas dela, mais percussivo. Mas é interessante que ela acaba o show como começou, cantando Canções e momentos (de Milton Nascimento e Fernando Brant)”, diz o diretor musical Wagner Tiso.

Confira o repertório completo do show:

Primeiro ato
Canções e momentos (Milton Nascimento e Fernando Brant)
Sangrando (Gonzaquinha)
Salmo (Rafael Rabelo e Paulo Cesar Pinheiro)
Dona do raio e do vento (Paulo Cesar Pinheiro)
Texto: Cântico negro (Vinicius de Moraes, L. Carlos Lacerda, Clarice Lispector e Jose Régio)
Não enche (Caetano Veloso)
Fogueira (Ângela Ro Ro)
Casablanca (Roque Ferreira)
Na primeira manhã (Alceu Valença)
Calúnia (Marino Porto e Paulo Soledade)
Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos)
Barulho (Roque Ferreira)
Fera ferida (Roberto e Erasmo Carlos)
Quem me leva os meus fantasmas (Pedro Abrunhosa)

Segundo ato
Festa (Gonzaquinha)
Dora (Dorival Caymmi)
Lua branca (Chiquinha Gonzaga)
Estado de poesia (Chico César)
Adeus Guacira (Hekel Tavares e Juracy Camargo)
A nossa casa (Arnaldo Antunes, Alice Ruiz, Paulo Tatit, João Bandeira, Celeste Moreau Antunes, Edith Derdik e Sueli Galdino)
Marambaia (Rubens Campos e Henricão)
A casa é sua (Arnaldo Antunes e Ortinho)
Pot-pourri: Santo Amaro ê ê (domínio público) / Quixabeira (domínio público) / Reconvexo (Caetano Veloso) / Minha senhora (domínio público) / Viola meu bem (domínio público) / Reconvexo (Caetano Veloso)
Minha casa (Joubert de Carvalho)
Velho Francisco (Chico Buarque)
Carta de amor (Texto de Maria Bethânia e canção de Paulo Cesar Pinheiro)
Escândalo (Caetano Veloso)
Salmo (Rafael Rabelo e Paulo Cesar Pinheiro)
Canções e momentos (Milton Nascimento e Fernando Brant)

Leia matéria completa no Caderno C desta sexta-feira (19).

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