Os mega DJs modernos estão criando uma nova ordem na cena dos shows em grandes festivais. Há não muito tempo, seria inconcebível imaginar um profissional dessa área ser capaz de dominar um público de milhares e milhares de pessoas se valendo apenas de seus equipamentos.
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Hoje, no entanto, isso está virando algo corriqueiro. O escocês Calvin Harris em seu show no Lollapalooza Brasil 2015 levou um verdadeiro mar de gente ao delírio, do primeiro ao último minuto. Suas armas: músicas gravadas, som altíssimo, duas paredes de telões de altíssima definição nas partes da frente e de trás do palco e modernos efeitos especiais de luz, fumaça, papéis picados, espuma etc. Afora a equipe técnica, só ele em cena.
O palco se tornou uma pista de dança gigante, com direitos a fãs alucinados que, outra marca dessa nova fase musical dos shows, cantou cada letra de cada canção. Se você é fã da música ao vivo das antigas, certamente odiaria Calvin Harris e sua turma –como David Guetta e Fatboy Slim. Mas não dá para fugir dessa nova ordem. Quer lotar espaços nesses eventões? Traga grandes DJs.
YOUNG THE GIANT
No show da banda Young the Giant, estreante no país, só deu casais. Abraçadinhos ou tascando beijos apaixonados, os pares apareceram nos telões e dominaram a pista do palco Axe neste início de noite, no autódromo de Interlagos, quando o Lollapalooza 2015 vai chegando ao fim.
Animadíssimo, o vocalista Sameer Gadhia, em um relacionamento com seu microfone retrô no início do show, dançou, pulou, pediu palmas e revirou os olhos enquanto entregou músicas como "Eros", "Strings" e "My Body", a qual o público recebeu com muito entusiasmo.
A banda multicultural que tem integrantes de origem britanica, persa, franco-canadense e italiana é formada ainda por Jacob Tilley (guitarra), Eric Cannata (guitarra, vocais), Payam Doostzadeh (baixo), François Comtois (bateria, vocais).
Exatamente no meio do show o grupo no sul da Califórnia entregou o hit "Cough Syrup". "Essa é nossa primeira vez no Brasil e essa música é das antigas. Quem souber canta junto com a gente, quem não conhecer, também cante", pediu Gadhia e foi atendido.
Visto de olho torto pela crítica, a banda indie pop faz um som que se aproxima do Coldplay, mas convenceu o público música após música. Carismáticos, brindaram "saúde" e ainda pediram para o pessoal levantar as mãos para uma foto. Para encerrar, entregou "My Body".
