Há novos projetos no horizonte da Legião Urbana. Uma nova formação da banda liderada por Renato Russo (1960-1996), contudo, está fora de cogitação, segundo o guitarrista Dado Villa-Lobos.
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Os remanescentes da banda, ele e Marcelo Bonfá, lançarão no final do ano "Legião Urbana - 30 Anos". O projeto trará o disco "Legião Urbana", de 1985, em edição remasterizada, e outro álbum "contendo algumas pérolas e raridades cuidadosamente guardadas nos cofres da gravadora", diz Villa-Lobos em comunicado.
"Entre elas estão, por exemplo, as três músicas que a EMI [hoje parte da Universal Music] nos convidou para gravar no Rio de Janeiro em 1983, quando éramos um trio de rapazes vindo de Brasília - ainda com o Renato tocando baixo e cantando!", afirma.
Isso não significa, contudo, que Dado e o baterista Marcelo Bonfá voltarão à ativa em nova formação, com o músico e ator André Frateschi no lugar de Renato Russo (1960-1996).
Essa hipótese foi levantada pelo escritor Marcelo Rubens Paiva em seu blog no site do jornal "O Estado de S.Paulo".
Segundo o guitarrista, foi "realmente emocionante" rever parte do passado legionário: "O processo de mexer com todas essas fitas, de ver aquelas fotos, de ler aqueles textos e, principalmente, de ouvir aquelas primeiras versões das nossas músicas".
Daí nasceu a ideia de "chamar alguns amigos e montar um show para tocar o nosso primeiro disco na íntegra". Frateschi é um dos convidados.
"Para evitar erros ou mal-entendidos, sentimos a necessidade de deixar bem claro que não existe possibilidade alguma de 'volta' da Legião Urbana", diz Dado. "Como já dissemos inúmeras vezes, a Legião - como banda - acabou junto com a morte do Renato, em 1996. E, ninguém pode substituir o Renato. Único e insubstituível."
Após longa batalha nas cortes, a Justiça decidiu que Giuliano Manfredini, filho único de Russo, detém os direitos de uso da marca Legião Urbana, e os ex-integrantes podem usar o nome da banda em suas atividades musicais.