Rock in Rio

Após 14 anos, Carlinhos Brown volta ao festival sem garrafadas

Depois de ser hostilizado por fãs do Guns n' Roses no Rock in Rio de 2001 com uma chuva de garrafas plásticas, Brown ''fez as pazes'' com o festival

Da Folhapress
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Publicado em 27/09/2015 às 9:00
Foto: Rodrigo Teles/Mario Bittencourt/Silvio Tito/Agecom
Depois de ser hostilizado por fãs do Guns n' Roses no Rock in Rio de 2001 com uma chuva de garrafas plásticas, Brown ''fez as pazes'' com o festival - FOTO: Foto: Rodrigo Teles/Mario Bittencourt/Silvio Tito/Agecom
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Depois de dois dias exclusivamente dedicados a guitarras pesadas, o Rock in Rio 2015 abriu neste sábado (26) seu último fim de semana, que mais parece uma festa de música pop. A alteração nas atrações dos palcos mudou a cara da Cidade do Rock.

O festival teve no sábado seu dia mais "família". O show principal da noite, da cantora Rihanna, arrastou bandos de adolescentes ao local, que por sua vez também arrastaram pais ou responsáveis.

Era comum ver um adulto acompanhando um grupinho, provavelmente de seus filhos e filhos de amigos. O mesmo deve acontecer neste domingo (28), com o show final da cantora americana Katy Perry.

Antes de Rihanna, o show programado era o do inglês Sam Smith, maior destaque dos últimos meses no mundo pop. Suas canções sofisticadas, com influência do soul, se prestam a um descanso entre dois furacões para adolescentes, a diva Rihanna e o novo fenômeno teen Sheppard.

Banda australiana de indie pop, composta de garotos hipsters e duas irmãs, o Sheppard começou com o vocalista George Sheppard chegando ao palco ao descer pela tirolesa sobre a plateia.

Recebido com histeria, o grupo guardou a última música do show para seu hit mundial, "Geronimo".

VOLTA POR CIMA

Enquanto uma multidão lotava a área do palco Mundo aguardando o Sheppard, pouca gente ficou no palco Sunset para ver o encontro de Sergio Mendes e Carlinhos Brown.

Depois de ser hostilizado por fãs do Guns n' Roses no Rock in Rio de 2001 com uma chuva de garrafas plásticas, Brown "fez as pazes" com o festival e deu um gás na apresentação. O início, com Mendes tocando faixas dos anos 1960, foi recebido com frieza. Brown animou a plateia.

O clima de encontro familiar foi reforçado desde o show de abertura do dia, quando Eduardo Suplicy assistiu à dupla Brothers of Brazil, de seus filhos João e Supla. Depois, na plateia do show de Erasmo Carlos e Ultraje a Rigor, os pais (e avós) presentes mataram as saudades do Tremendão.

A presença infantojuvenil também provocou a volta das filas nos brinquedos. Logo depois da abertura dos portões, às 14h, pessoas correram para fazer o agendamento do passeio nos brinquedos, principalmente na tirolesa, criando uma fila monstruosa que cruzava quase metade da Cidade do Rock.

Com gente animada à disposição, ficou com os artistas a responsabilidade de concentrar a plateia na hora de suas apresentações.

A africana Angelique Kidjo não teve sorte. Fez um show festivo no palco Sunset, às 18h, mas talvez seu canto em dialetos tenha afastado a moçada.

O bom público deste sábado na Cidade do Rock contrastou com o dia anterior.

PÚBLICO

Apesar do anúncio oficial de que todos os 85 mil ingressos diários tinham sido vendidos, a sexta teve público muito menor, deixando brinquedos vazios e funcionários ociosos nas lanchonetes.

A organização do Rock in Rio não se pronunciou sobre números de público do dia anterior. A escalação só com bandas de som mais pesado pode não ter atraído espectadores que utilizariam ingressos destinados a promoções e ações dos patrocinadores.

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