MORTE

Naná Vasconcelos é homenageado com flores e estandartes de maracatu em velório

O enterro será na quinta-feira (10), às 10h, no cemitério de Santo Amaro

Do JC Online
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Publicado em 09/03/2016 às 16:02
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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O corpo do percussionista Naná Vasconcelos está sendo velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na Boa Vista, área central do Recife, na tarde desta quarta-feira (9). O músico teve uma parada respiratória e morreu às 7h39. O enterro será na quinta-feira (10), às 10h, no cemitério de Santo Amaro, também na área central do Recife.


Na Casa, muitas coroas de flores e estandartes de maracatu foram colocados para homenagear o músico. Amigos e familiares, além de deputados como Aluízio Lessa e Valdemar Borges, personalidades como Bela Maia (ex BBB), André Brasileiro e populares foram se despedir de Naná.

 

 

Patrícia e Luz, esposa e filha do mestre, respectivamente, falaram com a imprensa. "É um momento de muita comoção. Ele trabalhou até o último momento no hospital. Os amigos e músicos estavam tirando som com ele", disse. Ela também falou da importância cultural que o esposo tinha na cultura de Pernambuco. Por fim, a esposa falou como vai ser esse momento. "Vai ser difícil viver sem ele. Ele era uma pessoa maravilhosa e nós fomos muito felizes juntos", falou emocionada. 

 

 

O Maracatu Nação Porto Rico também homenageia o músico. 

 

INTERNAÇÃO - O músico pernambucano estava internado no Hospital Unimed III, na Ilha do Leite, desde o dia 29 de fevereiro devido a complicações causadas por um câncer de pulmão. Ele descobriu o câncer no ano passado, quando ficou mais de 20 dias internado para tratamento. Depois, passou por sessões de quimioterapia e, mesmo com a saúde debilitada, chegou a produzir um último trabalho com Zeca Baleiro e Paulo Lepetit, o Café no Bule.

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Percussionista Naná Vasconcelos morre no Recife aos 71 anos - Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Músico estava internado devido a complicações causadas por um câncer de pulmão - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Naná Vasconcelos começou a vida de músico tocando na noite com o pai - Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Naná Vasconcelos teve uma parada respiratória e veio a falecer nesta quarta-feira - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Autodidata, Naná Vasconcelos conquistou o mundo e virou mestre da percussão - Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Naná Vasconcelos ficou marcado na memória do pernambucano como o mestre dos mestres dos maracatus - Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Naná começou sua carreira internacional no começo dos anos 60 - Foto: Ricardo B. Labastier/JC IMAGEM
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Naná disse que aprendeu a fazer música na vida: "Sou autodidata. Me sinto feliz em poder ensinar" - Foto: Chico Porto/Acervo JC Imagem
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O corpo do músico será velado na Assembleia Legislativa, a partir das 14h desta quarta-feira (9). - Foto: Chico Porto/Acervo JC Imagem
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O enterro de Naná Vasconcelos será na quinta-feira (10), às 10h, no cemitério de Santo Amaro. - Foto: Guga Matos/ JC Imagem
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Naná deixou a esposa Patrícia e a filha Luz Morena. - Foto: Igo Bione/Acervo JC Imagem
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Percussionista de mão cheia, Naná disse em uma entrevista: "O berimbau me escolheu". - Foto: Michele Souza/Acervo JC Imagem
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Na sua discografia, há parcerias com B.B. King, Talking Heads, Gipsy Kings e muitos outros. - Foto: Priscilla Buhr/Acervo JC Imagem
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O percussionista pernambucano recebeu oito Grammys, um dos maiores prêmios de música do mundo - Foto: Rodrigo Lobo/Acervo JC Imagem
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A genialidade de Naná Vasconcelos foi reconhecida no Brasil e no mundo. - Foto: Rodrigo Lobo/Acervo JC Imagem
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Dayvison Nunes / JC Imagem
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Foto: Guga Matos/ JC Imagem
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CARREIRA - Juvenal de Holanda Vasconcelos, ou Naná Vasconcelos, nasceu no Recife em 2 de agosto de 1944. O pai, músico, lhe passou o gosto pela arte e o filho começou cedo. Aos 12 anos já se apresentava em bares e participava de grupos de maracatu locais.

Aprendeu primeiro a tocar bateria. Depois, berimbau e não parou mais: ao longo da carreira, uma das características da sua percussão era usar qualquer objeto que produzisse um som interessante para compor seus trabalhos.

Naná começou a ser conhecido nacionalmente ao mudar para o Rio de Janeiro, na década de 1960, e tocar com o mineiro Milton Nascimento e o também pernambucano Geraldo Azevedo.

Em seguida, sua carreira deslanchou no exterior. Morou nos Estados Unidos e na França, compôs trilhas sonoras para filmes e recebeu oito Grammys, um dos maiores prêmios de música do mundo.

Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat, Naná Vasconcelos chegou a fazer parcerias com artistas como B.B. King e Ella Fitzgerald.

Fruto do aprendizado informal da música, sem nunca ter cursado nível superior, em dezembro de 2015, o artista recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 

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