Multishow recorda 7 anos sem Michael Jackson com show de Rodrigo Teaser

Michael Jackson não está mais entre nós há sete anos completados neste sábado. Em 25 de junho de 2009, o mundo se preocupava com uma parada cardíaca que o astro pop tinha sofrido e que horas depois o levaria a óbito. Parada essa em decorrência do excesso de Propofol (medicamento injetável para conter dores, insônia e ansiedade). O cantor e compositor estava num ritmo intenso de ensaios para realizar a temporada de 50 shows em residência que seria sua despedida dos palcos: a turnê nunca lançada This Is It. E este espetáculo jamais estrelado por Michael, revelado num filme póstumo dirigido por Kenny Ortega, motivou o paulista Rodrigo Teaser, hoje aos 36 anos, a lançar em 2011 a sua versão do que seria a derradeira performance de seu ídolo de infância.

Desde então, o show Tributo ao Rei do Pop tem percorrido o país, com recente passagem pelo Recife em abril deste ano, quando lotou o Teatro Guararapes. Também pudera, Teaser esbanja talento e competência ao tentar se aproximar do figurino, caracterização, coreografia, voz e estrutura que Michael seria capaz de fazer. Tudo isso movido pela paixão por esse astro que, em entrevista ao JC, vem de muito tempo atrás. "Sou fã do Michael Jackson desde os cinco anos de idade. Minhas primeiras memorias de certa forma esbarram em situações que ele estava presente. Minha mãe conta que eu ficava o dia inteiro ouvindo o vinil de Thriller e dançando pela casa", relembra.

O que parecia ser uma brincadeira ou um hobby, a atitude de imitar o astro se tornou mais séria quando Rodrigo passou a ser chamado para grandes eventos, ao ponto dos executivos de Michael tomarem conhecimento de seu trabalho: "Fui aprovado por seu escritório. Tive amigos que mostraram coisas ao próprio MJ, mas nunca terei plena certeza disso. Mas ter sido aprovado e reconhecido de alguma forma por sua equipe com ele ainda em vida me faz feliz", afirmou ele. Um ano depois de sua estreia, passou a conversar com o coreógrafo oficial do astro, LaVelle Smith, com quem dividiu o palco em alguns shows anos depois.

Para se "transformar" no astro pop, Teaser revela que a preparação dura quase 90 minutos por show. "É uma processo lento porque não se trata de uma maquiagem comum, é uma caracterização especial. Preciso destacar traços em mim e 'esconder' outros. É um processo de constante aprendizado", colocou.

Mas o trabalho de "ser Michael" também tem seus revezes. As acusações de pedofilia já fizeram o paulista refletir seriamente sobre seu ídolo: "Acredito 100% em sua inocência, não só porque sou fã, mas porque sempre busquei ler e pesquisar sobre. Michael se tornou muito grande, maior que a própria industria. Ele tinha uma visão particular do mundo, das pessoas e do próprio papel dentro disso tudo. Uma lição que eu levo como importante é de que ele foi pacífico demais, permitiu ser usado demais, acreditou demais nas pessoas. Não é fácil notar ou ser diferente disso quando buscamos ser pacifistas, mas acho que tudo tem um limite", avalia Rodrigo, que também já pensou em desistir de seus shows diante das dificuldades, mas garante que o amor pelo astro e o reconhecimento do público lhe ajudam a continuar.

E neste sétimo ano sem Michael Jackson, a data tem um motivo especial para Teaser: seu espetáculo será transmitido ao vivo pela primeira vez, no canal fechado Multishow, hoje às 22h, direto de São Paulo. Será a chance dele celebrar a trajetória do astro em rede nacional por ser a sua grande inspiração: "Eu nunca terei a sua atenção, seu abraço, nunca poderei olhar nos seus olhos e agradecer por ter mudado a minha vida. Mas meu amor é tão grande que eu sinto que posso amar por mim e por ele", finalizou o paulista, que terá novamente a participação do coreógrafo do Rei do Pop, LaVelle Smith.