O Coquetel Molotov anuncia hoje o lineup do Palco Aeso, cuja programação não fora divulgada anteriormente. Em parceria com as Faculdades Integradas Barros Melo shows das bandas pernambucanas Inner Kings, Diablo Angel, Projeto Sal e O Barco, mais a mineira Young Lights que, a partir das 15h, darão o pontapé inicial na maratona de shows do festival, dia 22 de outubro, na Coudelaria Souza Leão.
Os selecionados mostram uma nova cara do indie em Pernambuco, tanto pelo fato das bandas estarem no início de suas carreiras, com apenas um álbum ou EP lançado, quanto pela própria musicalidade. O stoner rock ou neo-grunge da Inner Kings e da Diablo Angel – que divulgam, respectivamente, os álbuns High e Fuzzled Mind – processa uma gama de influências que vai de Smashing Pumpkins, Alice in Chains, Melvins a Kyuss e Queens of the Stone Age e dialoga diretamente com outras novas bandas do Recife, como Casillero e Cosmo Grão (esta última, a propósito, foi atração de destaque no Coquetel do ano passado). Ainda que dentro do campo do rock, percebe-se uma mudança nas referências e no resultado sonoro consequentemente.
Já a Projeto Sal chega num momento de virada estilística. Depois de Preocupação (2012), o grupo está às vésperas do lançamento do segundo EP, intitulado Sem Medo, Sem Freio, Sem Dor pelo selo da Passa Disco, que marca uma transição da canção pop regionalista para um rock plugado, com efeitos eletrônicos. A grande surpresa é O Barco, de Peixinhos, em Olinda. Com apenas um single lançado, a banda trilha um rock de melancolia espacial.
Integrante do coletivo Geração Perdida, que deu uma nova cara à música independente de Minas Gerais, a Young Light apresenta o álbum Cities (2014) e antecipa algumas músicas novas que estarão em seu próximo trabalho.
AESO
“Duas bandas foram selecionadas pelo próprio festival e as outras três foram apresentadas pela comunidade acadêmica”, explica Daniel Morais, coordenador de planejamento da Aeso Barros Melo. “A nossa preocupação era selecionar bandas autorais pernambucanas, mas que não tocam necessariamente ritmos regionais e que não teriam espaço em outro lugar”, completa.