Rec-Beat

Noite de abertura do Rec-Beat é iniciada pelo Dj Dolores

Hélder Aragão prepara set especial para abrir os quatro dias de festival alternativo; maratona começa hoje, no Cais da Alfândega

Armando Holanda
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Armando Holanda
Publicado em 02/03/2019 às 14:30
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Hélder Aragão prepara set especial para abrir os quatro dias de festival alternativo; maratona começa hoje, no Cais da Alfândega - FOTO: Divulgação
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A missão de abrir o palco para os shows que vão ser comandados durante o Carnaval,no Rec-Beat, de hoje à terça-feira, no Cais da Alfândega, está nas mãos do sergipano radicado em Pernambuco DJ Dolores. Helder Aragão - nome de batismo do  artista que comemora seus 20 anos de carreira neste ano - mistura ritmos da música do Nordeste e do Norte do País com batidas eletrônicas que buscam envolver o público. No palco, ele promete apresentar um set muito particular, conectando temas e remixes autorais sob influências diversas por meio da música eletrônica. “A minha assinatura é a música eletrônica. Me manter fiel a isso no palco que é, praticamente, a minha casa é um dos meus objetivos para a edição deste ano do festival que já me recebeu em outras edições”, destacou o artista durante entrevista ao Jornal do Commercio.

Dolores lançou os albuns Contraditório (2000), Aparelhagem (2004), 1 Real (2008) e Banda Sonora (2013), este com músicas que entraram em trilhas sonoras de filmes - a exemplo de Narradores de Javé, Amor, Plástico e Barulho, Tatuagem, Enjaulado - e da peça A Maquina. Para este ano, já está com outro em mente, sendo que uma das músicas tem participação da cantora pernambucana e finalista do reality The Voice Brasil 2018 da Rede Globo, Erica Natuza. O álbum conta com algumas referências já exercitadas pelo artista no Frevotron (2015), com Spok e Yuri Queiroga, -  que contou com participações especiais de Otto, Jorge Du Peixe, Lira, MC Sombra, da francesa Marion Lemonnier e Jam da Silva. Nele, o artista brincou, pela primeira vez com o frevo de uma forma moderna, propondo uma experiência pioneira com o gênero.


“É um álbum que vai transitar entre canções e músicas para a pista. Ele tem bastante influência de uma das coisas que estou tentando fazer nos últimos tempos: simplificar o frevo - fazendo do som uma coisa minimalista para não fugir tanto de minhas origens, mas também resgatando essa musicalidade de Pernambuco”, relatou. O novo disco que terá assinatura da gravadora internacional Sterns Music, deve chegar às plataformas de streaming até o final de abril. “Eu não pretendo lançar o CD de forma tradicional no Brasil. Ele vai ter uma assinatura de uma gravadora de fora e a ideia é fazer com que ele ganhe muito mais as plataformas digitais e de streaming do que permaneça nos padrões tradicionais”, concluiu.

Carreira Solo

Dolores deu início aos trabalhos em 1997 sob o comando da Orchestra Santa Massa.  Já em 2013 quando se desprendeu do grupo, em carreira solo, fez grandes turnês pela Europa e America do Norte, tocando em festivais como Glastonbury, Womad, Copenhagen Jazz, Cactus, Art Rock, Sphinx, Montreal Jazz Festival, Paleo, Roslkilde, entre outros. Atualmente, além do projeto ‘Stank’, também desenvolveu um show baseado em improviso com o guitarrista Robertinho de Recife.

Além de Dolores, a primeira noite do festival conta também com a participação da norte-americana Susan Dietrich Schneider, conhecida como The Space Lady - que atua desde 1970, se apresentando com composições próprias -, dos pernambucanos da Radiola Serra Alta - um grupo natural de Triunfo que promove um diálogo entre cultura popular e as novas tecnologias, e os pernambucanos que estão ganhando bastante espaço no mundo da música desde que o brega-funk vem crescendo e sendo mais tocado enquanto ritmo pernambucano, Shevchenko e Elloco.

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