Quando explica o porquê de seu codinome artístico, Diogo Moncorvo costuma reforçar a admiração que sente pelo deus, o orixá e o gênero que o compõem, relacionando, de certa forma, o batismo como Baco Exu do Blues à reviravolta que o levou de nome conhecido do nicho hip hop de Salvador às páginas dos principais cadernos de cultura do País.
Com Esú (2017), a estreia solo, Baco pôs o dedo em feridas profundas causadas pelo racismo, reivindicou espaço para difusão do trabalho dos rappers nordestinos e, não por menos, passou a ser considerado um dos MCs mais promissores da nova geração. Ganhou aprovação de crítica e público, chegando a ouvidos não acostumados às rimas e beats.
BLUESMAN
Em Bluesman, segundo álbum lançado há seis meses, Baco toma ainda mais posse do orgulho pela negritude ao mesmo tempo em que parece romper com a necessidade de se encaixar. Se mostra mais confortável na própria pele e deixa nas entrelinhas que consegue – e que quer – passear por outros sons. “Bluesman é revolta e amor, dor, deprê e muita autoestima”, diz.
É o show dessa segunda empreitada que ele apresenta hoje, no Baile Perfumado, com setlist dedicada também aos singles e principais faixas do Esú. A noite conta ainda com shows de Lua MC, Femigang, DKVPZ, BBzão e DJ set de HTTP.
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