Fãs, admiradores, amigos e parentes foram até o Ginásio Poliesportivo Ronaldo Cunha Lima, o Ronaldão, em João Pessoa, na Paraíba, para dar o último adeus a Gabriel Diniz. O corpo do cantor está sendo velado desde as 8h. Gabriel será enterrado no início da tarde desta terça-feira, no cemitério Parque das Acácias, também na capital paraibana, em cerimônia reservada para a família. Antes do enterro, haverá uma missa de corpo presente, no local do velório.
O corpo de "GD", como o cantor era conhecido, chegou na madrugada a João Pessoa e foi levado ao ginásio, onde amigos e parentes iniciaram uma cerimônia reservada.
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A dor da família
“Era o dia”. Foi assim que Sicinato Francisco Diniz, pai do cantor Gabriel Diniz, se referiu à morte do filho, em entrevista durante velório do cantor, que está sendo realizado no Ginásio Poliesportivo Ronaldo Cunha Lima, o Ronaldão, em João Pessoa, na manhã desta terça-feira.
“No dia que ele fechou o voo, eu pensei que ia acontecer. Não tive coragem de falar para ele, mas eu senti que poderia dar errado, não senti firmeza, não senti alegria e realmente aconteceu. Se não fosse o avião, seria a balsa, o ônibus, alguma coisa. Era o dia. Vai ser o meu dia, o seu. Fale para as pessoas que você ama enquanto elas estão vivas e eu disse para ele várias vezes”, completou emocionado, encerrando o momento de entrevista.
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A dor dos fãs
O estudante Wallace Lima, de 16 anos, é presidente de um fã-clube e viajou cerca de duas horas de Guarabira até João Pessoa para prestar as últimas homenagens. "Quando soube da notícia, através de uma amiga que tem outro fã clube, eu não acreditei. Vim cedo na esperança de pegar um lugar melhor para ver ele e também encontrar o pessoal que está vindo de outras cidades, como Fortaleza e Recife. É um momento difícil também para os fãs, porque a gente tem um sentimento enorme por ele", afirmou.
Rafaelle Daura, 30, foi do Recife até a Paraíba para receber o corpo do ídolo. "Assim que eu soube onde ia ser o velório, eu peguei o carro e vim sozinha. Eu sou paulista, moro em Pernambuco há cinco anos e acompanho GD há cerca de quatro anos. A gente não quer acreditar que seja verdade. Ele ia tocar na minha formatura. É uma dor muito grande, parece que eu perdi alguém da minha família", lamentou a estudante de direito.
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O acidente
No início da tarde desta segunda-feira (27), um avião de pequeno porte caiu em um mangue localizado próximo ao povoado de Porto do Mato, em Estância (SE), na região Sul de Sergipe. O Grupamento Tático Aéreo (GTA) logo confirmou que todos os ocupantes da aeronave morreram, sendo o cantor Gabriel Diniz e os dois pilotos alagoanos, Abraão Farias e Linaldo Xavier.
Aeronave não tinha permissão para táxi aéreo
O avião de pequeno porte que transportava o cantor Gabriel Diniz, de 28 anos, e caiu no início da tarde desta segunda-feira (27) não tinha autorização para fazer táxi aéreo, ou seja, para transportar pessoas comercialmente. Fabricado em 1974 pela Piper Aircraft, a aeronave de matrícula PT-KLO tinha capacidade máxima para transportar três mais passageiros e um tripulante, totalizando 4 assentos.
Segundo informações do site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião monomotor tem o Certificado de Aeronavegabilidade (CA), que é o documento que comprova que uma aeronave está com sua condição de aeronavegabilidade validamente verificada e deve estar sempre a bordo, válido até 7 de fevereiro de 2023 e a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia até 31 de março de 2020. Por volta das 16h42 desta segunda-feira (27), a situação de aeronavegabilidade era "aeronave interditada".
No fim da tarde, a Anac suspendeu as operações do Aeroclube de Alagoas, proprietário do monomotor que vitimou Gabriel Diniz e dois pilotos. Todas as outras nove aeronaves da empresa também foram interditadas.
"A aeronave, de matrícula PT-KLO, da fabricante Piper Aircraft e de propriedade do Aeroclube de Alagoas, estava registrada na categoria Instrução e não poderia prestar serviço fora da sua finalidade, incluindo o transporte remunerado de pessoas", disse a nota da Anac.