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Festival Rio2C reúne artistas e mercado para movimentar indústria cultural

Sediado no Rio de Janeiro, o Rio2C recebe nomes envolvidos com produção artística no mundo todo, participantes de palestrar, apresentações e negócios

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Publicado em 23/04/2019 às 9:44
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Sediado no Rio de Janeiro, o Rio2C recebe nomes envolvidos com produção artística no mundo todo, participantes de palestrar, apresentações e negócios - FOTO: Foto: Marcos Hermes/Divulgação
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Destinado a profissionais e entusiastas do mercado criativo, o Festival Rio2C, que começa nesta terça-feira, 23, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, Rio, reúne mais de mil convidados em um grande encontro de negócios do setor audiovisual. Entre os destaques da conferência estão Charlie Brooker e Annabel Jones, criador e produtora da premiada série britânica Black Mirror, o guitarrista, compositor e arranjador Heitor TP, responsável por trilhas sonoras de filmes de Hollywood, e Louis Black, coidealizador e diretor do festival SXSW.

Pelo segundo ano consecutivo, o Rio2C mostra a ambição de ir além e se tornar uma das principais vitrines da música brasileira. Com apoio do curador Zé Ricardo (Rock in Rio), o festival investe no formato pitching e abre espaço para que artistas se apresentem a grandes nomes do mercado. Entre experientes e novatos, Rashid, Gabz e Anderson Primo são algumas das presenças confirmadas nesta edição.

Apresentando projetos

A inspiração do projeto pitching show veio do audiovisual, um dos pilares do festival que chega à nona edição - 7 como RioContentMarket e duas já com o novo nome. Bastante comum no meio, pitch é vender uma ideia a investidores, clientes ou parceiros a partir de uma apresentação rápida de um produto ou negócio. A programação musical do evento, funcionará por meio de pocket shows de 30 minutos cada um.

As apresentações serão vistas por uma comissão de 20 especialistas do mercado da música, entre produtores, donos de gravadoras e jornalistas. "A ideia não é avaliar os artistas em aspectos técnicos ou treiná-los, mas gerar negócios", explica Zé Ricardo. A partir disso, a expectativa é de que os músicos sejam convidados para festivais, incluídos na programação de rádios ou arrolados por gravadoras.

O primeiro teste do modelo, realizado no ano passado, trouxe resultados. O cantor e compositor pernambucano Almério, que se apresentou no Rio2C, foi um dos convidados do festival Mimo, de Portugal. A banda Canto Cego, originada na favela da Maré, emplacou single na trilha sonora oficial da novela Malhação e garantiu presença no palco Favela, novidade do Rock in Rio 2019.

Neste ano, mais de 600 músicos se inscreveram no pitching show. Zé Ricardo selecionou 16 para as apresentações que ocorrerão nos próximos quatro dias. Para ele, o projeto surge como saída para um mercado frutífero, mas envolto em dificuldades. "O Brasil tem uma produção espetacular de música, mas não consegue escoá-la", afirma. "Nossa missão é encontrar pessoas que precisam de conteúdo e artistas que podem oferecê-lo."

Além do pitching show, o evento conta também com o Festivalia - espaço que se propõe a ser um circuito de música contemporânea. A ideia é que, a cada ano, uma temática diferente seja trabalhada.

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