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Categoria dos comerciários ainda enfrenta desafios

Regulamentada há três anos, categoria luta por redução da jornada de trabalho

Do JC Online
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Publicado em 19/10/2015 às 11:35
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Apesar de a profissão dos comerciários ter conquistado a regulamentação há três anos, a categoria ainda enfrenta desafios como as jornadas de trabalho estendidas e a informalidade. Além de ganhar menos, quem trabalha no comércio precisa se submeter a jornadas exaustivas que incluem domingos e feriados, seja para cumprir metas ou tentar melhorar o orçamento. O Recife é a cidade na qual os comerciários mais trabalham no País. Segundo dados do Boletim de Indicadores do Comércio do Dieese, a jornada semanal dos recifenses que trabalham na área é de 48 horas.

A cidade já ocupava esse posto em 2012 e 2013, quando o tempo de trabalho semanal era de 49 e 48 horas semanais, respectivamente. Fortaleza e Porto Alegre vem logo em seguida, com 46 horas. Esse estudo é realizado em cinco regiões metropolitanas do Brasil. Em três dessas, a proporção de ocupados trabalhando acima da jornada legal no comércio caiu no ano passado. Houve aumento apenas nas regiões metropolitanas de Recife (de 66,7% para 67,9%) e Fortaleza (de 56,1% para 56,9%). De acordo com o Departamento, esses números são um reflexo das condições de trabalho dos profissionais do comércio nesses locais. O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio do Recife (SECR), Severino Ramos, afirma que um dos próximos passos para a categoria é a melhoria das condições de trabalho.

“A maioria dos comerciários passa grande parte do tempo em pé e, com isso, sofre com problemas de postura. Também há uma incidência muito grande de doenças circulatórias, mas a legislação ainda não permite uma aposentadoria especial por isso”, afirma. 

A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do Norte e Nordeste (Feconeste) ressalta que os profissionais do comércio em geral tem garantido hoje, por meio de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o direito à folga. Segundo a Federação, as empresas que descumprirem essa norma estão sujeitas à uma multa no valor de R$ 400, mais pagamento de forma dobrada pelo trabalho extra. Os trabalhadores que atuam com distribuição, logística, agentes autônomos do comércio e de prestação de serviços também são contemplados com a medida. Ainda segundo a Feconeste, o Dia do Comerciário é um feriado inegociável, assim como o Dia da Paz Mundial, do Trabalho e o Natal. 

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