Comércio

Cenário econômico não tira motivos de comemoração dos comerciários

Com crise ou sem crise, setor é o que mais emprega no País e sempre oferece vagas para os bons

Talita Barbosa
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Talita Barbosa
Publicado em 19/10/2015 às 11:31
Foto: Ashlley Melo/ JC Imagem
Com crise ou sem crise, setor é o que mais emprega no País e sempre oferece vagas para os bons - FOTO: Foto: Ashlley Melo/ JC Imagem
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Profissionais que trabalham em lojas, hotéis, agências de turismo, entre outros estabelecimentos comerciais comemoram nesta segunda-feira (19) o dia dedicado aos comerciários. Além do feriado destinado à categoria (o que é raro), a data também é marcada como o terceiro ano em que o setor foi reconhecido por lei como atividade profissional. E mesmo diante da atual conjuntura econômica brasileira, quem trabalha na área ainda tem motivos para comemorar.

O segmento ainda é um dos que mais empregam e oferece oportunidades para profissionais sem experiência, volta a atrair interessados em firmar uma carreira na área e mantém novas perspectivas de negócios apesar da crise e da evolução do mercado virtual. Além de ser uma das mais antigas, essa atividade é também um dos principais propulsores da economia nacional. 

Formado por três grandes segmentos – atacado, varejo e veículos – o comércio é uma área que engloba desde grandes redes internacionais até micro e pequenas empresas, sendo assim um tradicional absorvedor de mão de obra. No ano passado foram registradas 5.353.419 admissões formais no comércio, de acordo com o Boletim de Indicadores do Comércio do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese). Na relação entre o número de admissões e desligamentos, houve um saldo positivo de 186 mil postos de trabalho.

E quem acha que um bom vendedor precisa apenas ser bom de papo se engana. Quem é comerciário precisa estar atento à algumas regras básicas de conduta e utilizar uma série de técnicas e ferramentas para maximizar os resultados. Antes de tudo, o comerciário precisa ter em mente que a profissão exige que ele lide com todo tipo de público. E nessa área, o cliente – quase – sempre tem razão. A diretora da JBV Recursos Humanos, Vanci Magalhães, diz que ser cortês, solícito, claro nas informações repassadas e demonstrar alto astral são características essenciais e um ponto estratégico para alavancar as vendas. Segundo ela, ter iniciativa sem ser chato e insistente é outro ponto crucial. 

“O bom vendedor conversa, olha para o cliente e tenta entender o que ele busca. Já o mau vendedor quer vender de qualquer forma e tenta empurrar um produto a todo custo”, diz Vanci. Não falar palavrões, evitar gírias, saltos muito altos, maquiagens fortes e garantir o asseio do uniforme, caso ele seja utilizado, são outras recomendações da especialista. 

“Mas isso é relativo e pode variar conforme o local de trabalho. Se ele for mais informal ou permitir, de alguma forma, essas atitudes, há exceções. O que não foge da regra mesmo é o trato com o cliente. Esse deve ser sempre impecável”, diz Vanci Magalhães, da JBV. A gerente da loja Bagaggio, Aparecida da Silva, conta que os clientes tem personalidades diferentes e cada venda, um caráter único. Ela observa que isso exige que os comerciários identifiquem as razões que induziram à compra para acertar na abordagem. “Quando o consumidor vem até a loja, ou olha fixamente para a vitrine, o interesse da compra já está ali. Para convencer o cliente, ele precisa saber se posicionar e conhecer bem o produto que está vendendo”, afirma a gerente.

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