Com bloqueios de ruas começou nesta quinta-feira (28) na Argentina a segunda greve nacional do ano, convocada pelas três centrais operárias opositoras à presidente Cristina Kirchner, que buscam paralisar o país exigindo melhorias salariais, num momento em que a economia está em declínio.
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O governo afirma que os sindicatos opositores que convocaram a greve e que prometem mais ações de força para setembro buscam obter ganhos políticos.
Bloqueios e piquetes nos acessos principais a Buenos Aires e ao centro da capital, onde milhares de pessoas trabalham, foram organizados pelos grupos sindicais mais radicais desde a meia-noite desta quinta-feira para impedir a passagem de alguns transportes públicos, como táxis e ônibus que não aderiram à greve.
Os temas centrais da greve são a queda do emprego, um imposto sobre a renda que afeta grande parte da massa trabalhadora e uma inflação incontrolável que é vivida em um clima de incerteza financeira pelo bloqueio judicial de pagamentos da dívida nos Estados Unidos, que empurrou a terceira economia da América Latina a um default seletivo.
Maquinistas de trens, bancários, portuários, trabalhadores aeronáuticos, funcionários de hospitais públicos e caminhoneiros são alguns dos poderosos sindicatos que interromperam as atividades por 24 horas nesta quinta-feira e se somaram a outros sindicatos que na quarta-feira começaram uma greve por 36 horas.
Mas não conseguiram a adesão do sindicato dos motoristas de ônibus, transporte crucial que na primeira greve deste ano, em 10 de abril, cumpriu o objetivo de esvaziar as ruas, os postos de trabalho e as escolas.
No entanto, alguns motoristas de vias que estão bloqueadas interromperam os serviços, enquanto outros exigiram que o governo garanta medidas de segurança.
Os sindicatos denunciam que a inflação anual superior a 30% castiga sem piedade os bolsos dos trabalhadores, num momento em que a taxa de desemprego cresceu de 7,1% a 7,5%.
Durante o dia não são esperadas manifestações ou concentrações na capital.