Desaceleração Chinesa

China prepara novas medidas para enfrentar desaceleração econômica

O banco central chinês anunciou uma redução das taxas de depósito e de empréstimos

AFP
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Publicado em 25/11/2014 às 18:00
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O banco central chinês anunciou uma redução das taxas de depósito e de empréstimos - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Após meses de medidas tímidas, a China decidiu nesta sexta-feira cortar os juros, a primeira de uma série de medidas para flexibilizar sua política monetária e combater a desaceleração da economia.


Nesta sexta-feira, pela primeira vez desde 2012, o banco central chinês (PBOC) anunciou uma redução das taxas de depósito (redução de 0,25% com taxa de 2,75%) e de empréstimos a um ano (-0,40% a 5,6%).

A inesperada decisão comemorada pelos mercados pode ser, contudo, insuficiente para conter a desaceleração da economia, acreditam especialistas.

Após meses de medidas tímidas, a China decidiu nesta sexta-feira cortar os juros, a primeira de uma série de medidas para flexibilizar sua política monetária e combater a desaceleração da economia.

Nesta sexta-feira, pela primeira vez desde 2012, o banco central chinês (PBOC) anunciou uma redução das taxas de depósito (redução de 0,25% com taxa de 2,75%) e de empréstimos a um ano (-0,40% a 5,6%).

A inesperada decisão comemorada pelos mercados pode ser, contudo, insuficiente para conter a desaceleração da economia, acreditam especialistas.
A inflação é outra das ameaças que pesam sobre a segunda economia mundial. Em outubro, a inflação foi de 1,6%, um dos níveis mais baixos dos últimos cinco anos.

As medidas tomadas no início de novembro para favorecer a entrada de investidores estrangeiros no mercado financeiro chinês tampouco funcionaram.

"O mercado provavelmente interpretará [a decisão do banco central] como um sinal positivo [do governo] para responder à demanda fraca do setor privado e ao maior risco de deflação", indica o banco Barclays.

Na última segunda-feira, a bolsa de Xangai reagiu positivamente à decisão com uma alta de 1,85%.

As empresas estatais e os compradores de imóveis também devem ser favorecidos pelos novos créditos disponíveis.

Os analistas esperam agora por novos cortes de taxas para apoiar a economia. "O PBOC mudou sua política monetária por uma mais flexível, o que significa que há condições para novos cortes", analisa Liu Ligang, economista-chefe para China do ANZ Bank.

Enquanto isso, na sexta-feira, o banco central deu um passo adiante na esperada liberalização das taxas de juros com a autorização aos bancos de remunerar seus depósitos com taxas superiores a 20% da taxa oficial, frente aos 10% atuais.

Em julho de 2013, a China autorizou que os bancos fixassem eles mesmos os juros de seus empréstimos, mas continua controlando a remuneração dos depósitos.

Alguns analistas acreditam, contudo, que essas medidas podem ter consequências negativas e que é preciso privilegiar sobretudo as reformas para estimular o consumo interno.

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