Ministros da Economia e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo se reuniram nesta segunda-feira em Istambul para discutir a situação da Grécia e as formas de reativar o crescimento global.
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A Turquia assume pela primeira vez a presidência rotativa do G20, grupo de países industrializados e de grandes nações emergentes, que inclui a Grécia.
No entanto, as negociações de Atenas com seus credores dominam parte dessa reunião ministerial, celebrada dois dias antes de um encontro crucial do Eurogrupo (formado por ministros da Economia da zona do euro) sobre o caso grego.
O ministro francês da Economia, Michel Sapin, resumiu em Istambul a situação: "É preciso garantir o financiamento, pois sem ele a Grécia fica à mercê de qualquer situação de pânico dos mercados. No entanto, não se pode dizer simplesmente 'financiamos, financiamos', já que a contrapartida desse apoio deve ser o respeito às normas europeias por parte de Atenas".
O secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), também em Istambul, considerou que o novo governo grego está agora "mais consciente das obrigações constitucionais, políticas e econômicas de seus credores, assim como das necessidades do povo grego" e que por isso se pode prever "o início de um processo positivo".
Já o vice-primeiro-ministro turco, Ali Babacan, disse esperar que "a razão acabe se impondo".
Rumo a um maior crescimento
Em relação ao crescimento, um novo relatório da OCDE, publicado em Istambul, garante que é necessária uma ação "determinada e sistêmica" para implementar reformas que fomentem uma fraca demanda global e permitam um crescimento saudável.
Antes da abertura do G20, o secretário americano do Tesouro, Jacob Lew, e o ministro britânico da Economia, George Osborne, pediram nesta segunda-feira no Wall Street Journal "a implementação de reformas estruturais favoráveis ao crescimento para estimular a produtividade e melhorar os níveis de vida".
Os dois dirigentes citam "melhores infraestruturas, o apoio a pequenas empresas, reformas regulamentárias que protejam a estabilidade financeira, assim como uma melhor educação para todos". Também defendem medidas fortes para acabar com os obstáculos que fazem com que algumas economias sejam menos competitivas, inclusive o engessamento que impede o crescimento em vários países da Europa.
A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, já havia lançado nesta sexta-feira um pedido em favor de uma aceleração decisiva na direção das reformas estruturais" para evitar um freio do crescimento mundial.
Os ministros que participam dessa reunião celebram nesta segunda-feira encontros bilaterais, antes de se juntarem em um uma reunião formal. A sessão plenária do G20 ministerial começará na terça-feira.