Europa

Grécia pede à União Europeia ampliação do acordo de empréstimo

A proposta estaria redigida de maneira a agradar a parte grega e a direção do Eurogrupo, afirmou na quarta-feira o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis

Da AFP
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Publicado em 19/02/2015 às 10:05
Foto: ERIC LALMAND / BELGA / AFP
A proposta estaria redigida de maneira a agradar a parte grega e a direção do Eurogrupo, afirmou na quarta-feira o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis - FOTO: Foto: ERIC LALMAND / BELGA / AFP
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O governo da Grécia solicitou nesta quinta-feira formalmente à União Europeia (UE) a ampliação do atual acordo de empréstimo para assegurar o financiamento do país a curto prazo e ganhar tempo para apresentar um novo programa de reformas, informou uma fonte governamental. 

"O pedido foi enviado a Bruxelas", disse a fonte, que não revelou o conteúdo exato da solicitação que os sócios europeus estudarão durante a tarde. 

Atenas havia anunciado que solicitaria uma ampliação do empréstimo por um período de seis meses. 

Em Bruxelas, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, confirmou ter recebido uma carta das autoridades gregas com o pedido de "extensão de seis meses" do acordo, mas também não revelou mais detalhes sobre o conteúdo.

Uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo) acontecerá na sexta-feira em Bruxelas para tomar uma decisão sobre a demanda da Grécia.

De acordo com o governo grego, a proposta não inclui as últimas medidas de austeridade do "memorando" (programa de ajuda) que termina em fevereiro e que Atenas se recusa a aplicar, entre elas um aumento do IVA ou uma flexibilização do direito trabalhista.

Mas a proposta estaria redigida de maneira a agradar a parte grega e a direção do Eurogrupo, afirmou na quarta-feira o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.

Bruxelas deu ao governo do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras prazo até sexta-feira para solicitar a extensão do programa de ajuda, que termina em 28 de fevereiro. A Alemanha afirma que a ampliação é indissociável da aplicação das reformas previstas no plano de resgate, em vigor desde 2010.

A Grécia, no entanto, diferencia a ampliação dos programas de empréstimo europeus e a extensão das medidas de austeridade que os acompanham, às quais Tsipras é contrário. 

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