O governo da Grécia solicitou nesta quinta-feira formalmente à União Europeia (UE) a ampliação do atual acordo de empréstimo para assegurar o financiamento do país a curto prazo e ganhar tempo para apresentar um novo programa de reformas, informou uma fonte governamental.
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"O pedido foi enviado a Bruxelas", disse a fonte, que não revelou o conteúdo exato da solicitação que os sócios europeus estudarão durante a tarde.
Atenas havia anunciado que solicitaria uma ampliação do empréstimo por um período de seis meses.
Em Bruxelas, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, confirmou ter recebido uma carta das autoridades gregas com o pedido de "extensão de seis meses" do acordo, mas também não revelou mais detalhes sobre o conteúdo.
Uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro (Eurogrupo) acontecerá na sexta-feira em Bruxelas para tomar uma decisão sobre a demanda da Grécia.
De acordo com o governo grego, a proposta não inclui as últimas medidas de austeridade do "memorando" (programa de ajuda) que termina em fevereiro e que Atenas se recusa a aplicar, entre elas um aumento do IVA ou uma flexibilização do direito trabalhista.
Mas a proposta estaria redigida de maneira a agradar a parte grega e a direção do Eurogrupo, afirmou na quarta-feira o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.
Bruxelas deu ao governo do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras prazo até sexta-feira para solicitar a extensão do programa de ajuda, que termina em 28 de fevereiro. A Alemanha afirma que a ampliação é indissociável da aplicação das reformas previstas no plano de resgate, em vigor desde 2010.
A Grécia, no entanto, diferencia a ampliação dos programas de empréstimo europeus e a extensão das medidas de austeridade que os acompanham, às quais Tsipras é contrário.