O ex-ministro conservador Prokopis Pavlopoulos foi eleito nesta quarta-feira presidente da República Helênica pelo Parlamento grego, uma posição de honra, mas também unificadora em um país em crise, de acordo com uma contagem da AFP.
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O ex-premiê e especialista em legislação pública foi colocado no cargo na tentativa de atrair um necessário apoio multipartidário à medida que a endividada Grécia corre para negociar um novo acordo de empréstimo com seus credores internacionais.
Pavlopoulos obteve 233 votos, acima dos 180 necessários para ser eleito, de um total de 300 membros do Parlamento.
Membros do Parlamento aplaudiram quando os resultados das eleições foram anunciados.
A coalizão no poder, composta dos esquerdistas do Syriza e de seus parceiros nacionalistas do Gregos Independentes, bem como deputados de direita da Nova Democracia votaram neste conservador, cuja candidatura foi proposta pelo novo premiê grego, Alexis Tsipras (Syriza).
Sua eleição encerra um processo eleitoral iniciado em dezembro e que implicou na celebração de legislativas antecipas, depois que o candidato da presidência na ocasião não conseguiu obter a maioria necessária.
Pavlopoulos, um conservador moderado de 65 anos, nasceu em Calamata, no Peloponeso (sul) e começou sua carreira como advogado para posteriormente se tornar professor de direito da Universidade de Atenas;
Ele foi eleito pela primeira vez deputado do Nova Democracia, o principal partido da direita, em 1996, antes de assumir o posto de ministro da Administração e do Interior no governo de Costas Caramanlis entre 2005 e 2009. Também foi porta-voz parlamentar deste partido.
Sua reputação foi abalada em 2008, quando era titular da pasta do Interior, pela gestão de duas crises consecutivas: a morte de um estudante de 15 anos pela polícia de Atenas e os distúrbios que se sucederam durante mais de um mês.
Apesar disso, Pavlopoulos sempre manteve bons contatos nas altas esferas da política grega.