Finanças

FMI adverte sobre ausência de ''compromissos claros'' no plano de reforma grego

Compromissos gregos seriam suficientes para continuar o programa de ajuda financeira da comunidade internacional que terminaria no sábado

Da AFP
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Publicado em 24/02/2015 às 14:21
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Compromissos gregos seriam suficientes para continuar o programa de ajuda financeira da comunidade internacional que terminaria no sábado - FOTO: Foto: AFP
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A carta das autoridades gregas enviada aos ministros das Finanças da Eurozona não tem garantias claras sobre a continuidade do programa de reformas, afirmou a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Em uma carta dirigida a Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, divulgada nesta terça-feira, Lagarde afirma, no entanto, que os compromissos gregos são suficientes para continuar o programa de ajuda financeira da comunidade internacional que terminaria no sábado.

Admitindo que a lista de reformas prometidas é "suficientemente completa para constituir um ponto de partida válido para una finalização exitosa do programa", Lagarde indica que a lista de reformas "não é muito específica".

"Em alguns setores como a luta contra a evasão fiscal e a corrupção, estou alentada pelo o que parece uma resolução mais forte por parte das novas autoridades de Atenas e queremos saber mais sobre seus planos", disse Lagarde.  

"Em outros aspectos, contudo - e provavelmente os mais importantes -, a carta não dá garantias claras de que o governo tem a intenção de empreender as reformas consideradas no memorando sobre a política econômica e financeira", acrescentou.

Este memorando serve de base para o programa de apoio da "troika" (Banco Central Europeu, União Europeia e FMI) à Grécia.

"Notamos em particular que não há um compromisso claro para empreender as reformas previstas do sistema de aposentadorias e do IVA (imposto de valor agregado), nem um compromisso inequívoco para dar seguimento às políticas já iniciadas de abertura de alguns setores fechados à concorrência, reformas administrativas, privatizações e reformas no mercado de trabalho", estimou Lagarde.

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